O pintor Bruno da Rocha, autor confesso da morte do major do Exército aposentado Paulo Settervall, de 58 anos, em Bonito, foi condenado nesta sexta-feira (11) a 14 anos de prisão em regime fechado nesta sexta-feira (11) pelo Tribunal de Júri do município. Inicialmente, o juiz Raul Ignatius Nogueira, da 1ª Vara de Bonito, proferiu a sentença de 17 anos de reclusão, mas diante da atenuante de confissão, reduziu a pena em três anos.
De acordo com a decisão do magistrado, levou em consideração o Conselho de Sentença, que reconheceu o fato de Bruno ter confessado o crime, apesar de ter se mantido em silêncio no plenário, apenas tendo dito que se sente arrependido pelo crime e com isso, a pena por homicídio qualificado de 17 anos caiu para 14 anos em regime fechado. A decisão ainda veda a possibilidade de que o acusado apele à próxima instância em liberdade.
O crime
O crime ocorreu no dia 14 de abril do ano passado, quando o major estava na porta do hotel e o autor passou de bicicleta, pedindo um cigarro. Ocorreu uma discussão e o militar acabou atingido por facadas na região do tórax.
Durante as investigações, testemunhas contaram que Bruno havia cometido o crime e indicaram o endereço da casa dele. No quintal da residência, a polícia encontrou peças de roupas ainda em chamas. A mãe do suspeito confirmou aos investigadores que seu filho havia acabado de passar pelo local e estava extremamente agitado.
A ex-mulher de Bruno, contou aos policiais que na tarde de domingo os dois haviam brigado e que o ex estava muito nervoso e alterado. Bruno saiu de casa e voltou à noite armado com uma faca pequena. Aparentemente, segundo a mulher, estava fugindo de alguma coisa. Ele não disse nada e novamente saiu de casa.
Dois dias depois do crime, o autor foi encontrado e preso em uma casa abandonada.
