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Situação na Câmara segue indefinida

03/10/2014 14h00

Situação na Câmara segue indefinida

Dourados News

A confusão que envolve a eleição para a Mesa Diretora da Câmara de Dourados se arrasta desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira (3) e deixou o clima bastante pesado entre os vereadores da Casa de Leis. Liminar expedida pela 6ª Vara Cível em favor de um pedido individual do vereador Sérgio Nogueira (PSB) cancelou a eleição, que aconteceria na sessão convocada para hoje.

No entanto, o departamento jurídico da Câmara entrou com um agravo regimental junto ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) que, caso seja concedido, pode reabrir a sessão e consequentemente a eleição ainda para a tarde desta sexta-feira, 3.

Durante o impasse, os secretários de Governo do município, José Jorge Filho, o ‘Zito’ e de finanças, Walter Carneiro, foram até o local na intenção de mediar a situação que não estava boa entre os legisladores que fazem parte da base aliada do prefeito Murilo Zauith (PSB).

Ao final do encontro, o presidente da Casa, Idenor Machado (DEM), que entraria em seu terceiro mandato consecutivo, falou sobre a posição da Justiça e reclamou de Sérgio Nogueira.

“Se fosse para dizer que a sociedade de Dourados teve pouco tempo para montar uma chapa, aí sim. Mas, a situação é aqui entre os vereadores. A eleição é entre os vereadores. Não é com a sociedade. Temos que decidir a chapa aqui dentro. É só montar e disputar. Isso mancha a imagem porque mostra que o vereador não está lutando pelo interesse da Casa. Se fosse isso, aí sim, mas não é o que entendemos. Em política é assim: quando a maioria quer, você tem que concordar. A maioria dos vereadores quer, pronto, concorda”.

O presidente destacou ainda que caso o pedido para que haja continuidade da sessão em aberto e, consequentemente, das eleições, não seja favorável, a briga na Justiça vai continuar.

Idenor defendeu que nada do que foi feito desde a mudança da Lei Orgânica do município que permitiu a reeleição da mesa diretora, até a convocação das eleições para hoje, aconteceu de forma irregular ou em manobra por um ‘golpe’, como foi acusado por mais de um vereador ainda na primeira votação do projeto. Por fim, o presidente ainda levantou a possibilidade de alguns colegas estarem defendendo apenas interesses pessoais.

“Não tem nada de afogadilho. Acontece que a Lei Orgânica para tramitar precisa de 10 dias de prazo, ela não volta. Os vereadores de oposição disseram que houve regime de urgência. Isso não aconteceu. Foi tudo feito dentro do trâmite legal. E as maiores cidades do Estado já fizeram as suas eleições. Esse é um problema para se resolver dentro de casa. A maioria decide, e a maioria decidiu. 15 votaram, 14 foram a favor, e está resolvido o problema. Não sei porque procurar recurso externo. Só pode estar havendo interesse, porque não montaram uma chapa e disputaram a eleição? Teve tempo para isso”, finalizou Idenor.

Em entrevista ao Dourados News pela manhã, o vereador Sérgio Nogueira explicou o motivo de seu posicionamento contra a eleição.

“Tomei a iniciativa por acreditar que haveria prejuízo nesta eleição pelo fato de que existir vereadores que são candidatos, então convocar às vésperas do pleito de domingo é algo realmente questionável. Além disso, represento o interesse da população, e temos ouvido críticas com relação a rapidez com a qual esse processo foi conduzido, inclusive com muitas pessoas acusando golpe”, disse o vereador.

Na primeira votação do projeto que alterou a Lei Orgânica do Município permitindo a reeleição da mesa diretora da Casa, Nogueira votou favoravelmente. Já na antecipação da convocação de eleições, ele foi contrário.

Plenário segue vazio após sessão ser aberta e suspensa por tempo indeterminado até que situação judicial se defina (Foto: Thalyta Andrade)

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