A equipe de iniciação científica da Escola do SESI de Aparecida do Taboado representou o Brasil na Regeneron International Science and Engineering Fair (ISEF), uma das maiores feiras de ciências e engenharia do mundo. O trabalho apresentado pelos estudantes propõe o uso do extrato da fruta noni como repelente para o caruncho em alimentos.
A diretora da Escola do SESI de Aparecida do Taboado, Graciete Aparecida de Barros Geraldo, falou sobre a alegria de toda a equipe pedagógica com a conquista dos estudantes. “É uma experiência única estar com uma equipe que representa o Brasil em uma feira internacional. Isso, com certeza, se deve ao comprometimento dos estudantes, do professor e apoio de toda a comunidade escolar”.
Após ser considerado o 2.º melhor projeto de pesquisa na área da saúde do Brasil, selecionado na FEBRACE, a equipe recebeu o convite para participar da Feira Internacional de Ciências e Engenharia. A equipe foi uma das selecionadas no Brasil para representar o País no evento. Outros 100 projetos de várias partes do mundo foram apresentados. Durante todo o mês de maio, os estudantes participaram da jornada científica da feira que é realizada em Washington, nos EUA e tiveram a oportunidade de apresentar o projeto de pesquisa desenvolvido por eles. Este ano, por conta da pandemia, a feira foi organizada de forma online.
O professor da disciplina de Biologia e Ciências da Natureza da Escola do SESI de Aparecida do Taboado, articulador de iniciação científica e orientador da equipe, Vinícius Agostini Machado, falou sobre a participação da equipe na feira. “Foi uma experiência incrível, ser convidado para integrar a elite da iniciação científica do Brasil e representar nosso País em uma feira internacional foi o ponto alto de nossa equipe de iniciação. Há 4 anos iniciei o trabalho de articulador de iniciação científica no SESI e tenho trabalhado arduamente para conquistar um padrão de excelência e o resultado é gratificante”.

Os alunos contaram que a preparação para a feira foi intensa, com a produção de todo o material e apresentação nos padrões internacionais. A equipe passou também por uma intensa preparação para apresentação da pesquisa e rodada de perguntas que foi feita na língua inglesa.
O estudante do 3.º ano do Ensino Médio da Escola do SESI de Aparecida do Taboado, Igor Guisani Bruno, destacou o processo de desenvolvimento da pesquisa, e do empenho do grupo para conseguir os resultados alcançados até agora. “Nosso projeto está sendo fundamentado há mais de 2 anos, já conseguimos premiações em feiras nacionais de renome e agora atingimos um patamar invejável, representar o Brasil na ISEF. Foi uma experiência engrandecedora, amadureci muito durante os preparativos, apresentação e demais atividades relacionadas a feira, ter contato direto com avaliadores americanos especialistas na área do projeto, alguns de renome inclusive, foi e está sendo muito significativo para a continuidade deste trabalho”.
Opinião compartilhada com o outro integrante da equipe, Diego Soares Ribeiro, ex-aluno da Escola do SESI de Aparecida do Taboado, que concluiu o Ensino Médio na escola no ano passado. “Participar de uma feira internacional, e ainda por cima a maior delas, foi emocionante e muito importante para meu crescimento pessoal. Como ex-aluno do SESI posso afirmar com toda certeza que a iniciação científica fez diferença em minha vida, agora em meu currículo consta uma participação na ISEF, que com certeza fará diferença e me colocará a frente na universidade”.
O projeto de pesquisa
O projeto desenvolvido pela equipe de iniciação científica da Escola do SESI de Aparecida do Taboado tem como proposta usar como repelente aos carunchos o extrato da fruta noni (Morinda citrifolia), que é originária do Sudeste da Ásia, Indonésia e Polinésia, onde tem sido utilizada devido às supostas propriedades medicinais e terapêuticas.
Desenvolvida pelos alunos Igor Guissane Bruno, 17 anos, João Victor Ramos Sidrônio dos Santos, 18 anos, e Diego Soares Ribeiro, 18 anos, a pesquisa aponta que o estrato da fruta noni pode ser usado na produção de uma embalagem para alimentos como arroz, feijão, farinha e milho. Essa embalagem será capaz de inibir a criação de carunchos, que são insetos coleópteros pentâmeros que se alimentam de cereais armazenados, reduzindo-os a pó e causando prejuízos.




















