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segunda-feira, 12 de maio, 2025
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Em julgamento histórico, Justiça de MS condena quadrilha a 257 anos de prisão por decapitação de jovem

Em um julgamento histórico, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) condenou todos os nove integrantes de uma quadrilha acusados de homicídio praticado a mando da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A sessão durou incríveis 19h10min, iniciando às 08 horas de segunda-feira (25) e só finalizada às 03 horas da madrugada desta terça (26). As penas dos réus, somadas, é de impressionantes 257 anos e oito meses de detenção.

O julgamento foi realizado pela 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande. Os réus acompanharam os trabalhos em plenário ao lado, com transmissão ao vivo. Um a um, eles foram levados à presença do juiz para serem interrogados.

Em um total de 112 laudas, a sentença trouxe a condenação dos nove acusados por homicídio triplamente qualificado, por organização criminosa (Lei 12.850/13) e por corrupção de menores (art. 244-B do ECA). As penas somadas atingem 257 anos e 8 meses. Durante a votação, os jurados apreciaram um total de 168 quesitos.

Com exceção dos três adolescentes apontados de envolvimento no crime, a ação penal contou com 10 réus: 9 homens e uma mulher, cujo advogado de defesa não compareceu, alegando problemas de saúde. Desse modo, o julgamento foi adiado em relação a ela. A sessão foi presidida pelo juiz titular da vara, Carlos Alberto Garcete de Almeida.

O caso

De acordo com a denúncia, no dia 31 de maio de 2018, no período da tarde, os acusados, juntamente com três adolescentes, mataram a garota de programa Laila Cristiane de Arruda, de 19 anos, por motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Ela estava há pouco tempo morando em Campo Grande.

Segundo as investigações policiais, ela possuía ligação com alguns integrantes de uma facção rival à dos envolvidos no crime, motivo pelo qual vinha recebendo ameaças. Incomodado com a conduta da vítima, um dos acusados determinou que ela fosse submetida a “julgamento” pela facção.

Ela foi mantida sob o domínio dos autores até ser executada num canavial localizado na BR-163, zona rural de Campo Grande. No local, após amarrarem a vítima e ordenarem que ela dissesse palavras de ameaça à facção rival, a vítima foi decapitada com golpes de facão. As cenas foram gravadas e as imagens compartilhadas em um aplicativo de celular.

Confira as penas individualizadas:

1) R.: 25 anos de reclusão;
2) A.: 26 anos de reclusão;
3) G.: 34 anos e 4 meses de reclusão;
4) J.P: 28 anos e 8 meses de reclusão;
5) MH.: 34 anos e 4 meses de reclusão;
6) MY: 25 anos de reclusão;
7) O.: 26 anos de reclusão;
8) U.: 34 anos e 4 meses de reclusão;
9) V.: 24 anos de reclusão.

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