Publicado em 15/10/2017 13h51
4 coisas ainda desanimadoras da rotina do professor no Brasil – e 3 coisas que estão melhorando
BBC
Ninguém questiona a importância da educação e do professor para o avanço do Brasil, mas como fazer para que isso seja efetivado costuma gerar bastante debate – e esforço.
Aproveitando a comemoração do Dia do Professor, neste domingo, a BBC Brasil perguntou a especialistas e professores quais os principais desafios atuais da profissão – e o que está avançando, mesmo que aos poucos e não uniformemente.
Veja abaixo alguns dos pontos mais citados.
Desafios:
1. Violência em sala de aula
Os socos que um aluno de 15 anos desferiu em uma professora em Indaial (SC), em agosto, abriram um debate nacional sobre a violência no ambiente escolar.
Em São Paulo, 51% dos professores entrevistados por uma pesquisa encomendada pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado) disseram ter sido vítimas de algum tipo de violência na escola; e 61% dos docentes e 72% dos alunos consideram a escola um ambiente de violência.
Para Maria Izabel Azevedo Noronha, professora e presidente da Apeoesp, a violência é “consequência do abandono da escola pública”, citando superlotação de salas de aula e enxugamento de funcionários. Tudo isso, diz, dificulta aos professores conhecer individualmente os problemas de cada aluno.
Também em São Paulo, o governo estadual prometeu dobrar o número de professores-mediadores de conflitos para um total de 6,8 mil – algo que Noronha considera uma “resposta correta, ainda que não seja a salvação”.
O problema é complexo porque a escola é um microcosmo que espelha a violência da própria sociedade, explica Inês Kisil Miskalo, gerente-executiva de educação do Instituto Ayrton Senna. E reflete tanto o baixo reconhecimento social do professor quanto a vulnerabilidade dos próprios estudantes.
“Estamos muitas vezes lidando com alunos defasados, desmotivados, de famílias carentes. É algo que precisa ser enxergado não pela via policial, mas do relacionamento – acolhendo os alunos e suas famílias”, opina Miskalo.
“Não é algo fácil, mas precisamos romper os ciclos de violência e também dar mais perspectivas de trabalho aos professores, mostrar que seu trabalho não é isolado, é coletivo.”
2. Desvalorização da carreira – financeira e socialmente
A baixa valorização e remuneração do professor gera um ciclo vicioso: a carreira não consegue atrair os melhores estudantes, as deficiências de formação se perpetuam e refletem na qualidade do ensino.
Essa desvalorização começa, segundo professores e especialistas, na ausência de planos de carreira em grande parte da rede, na defasagem salarial em relação às demais profissões e na formação deficiente.
Lousa em sala de aula.
“Na minha rede, eu ganharia bônus de 7% com mestrado. Vou investir dois anos de estudo por um bônus medíocre?”, questiona.
Segundo Olavo Nogueira, do Todos Pela Educação, “vemos que o mais eficiente são os programas de formação continuada, articulados, em que professores consigam observar uns aos outros em atuação. Há muitos cursos que, apesar do investimento alto, trazem pouca melhoria na prática.”
Para concluir, Nogueira diz que o professor não vai resolver sozinho os problemas da educação – mas agrega que, sem eles, é bem possível que nenhum problema seja resolvido.
“Não tem atalho. Avançaremos pouco com a mudança da base curricular ou com a reforma do ensino médio, por exemplo, se não lidarmos com as questões (enfrentadas) pelos professores.”
“Na minha rede, eu ganharia bônus de 7% com mestrado. Vou investir dois anos de estudo por um bônus medíocre?”, questiona.
Segundo Olavo Nogueira, do Todos Pela Educação, “vemos que o mais eficiente são os programas de formação continuada, articulados, em que professores consigam observar uns aos outros em atuação. Há muitos cursos que, apesar do investimento alto, trazem pouca melhoria na prática.”
Para concluir, Nogueira diz que o professor não vai resolver sozinho os problemas da educação – mas agrega que, sem eles, é bem possível que nenhum problema seja resolvido.
“Não tem atalho. Avançaremos pouco com a mudança da base curricular ou com a reforma do ensino médio, por exemplo, se não lidarmos com as questões (enfrentadas) pelos professores.”
“Na minha rede, eu ganharia bônus de 7% com mestrado. Vou investir dois anos de estudo por um bônus medíocre?”, questiona.
Segundo Olavo Nogueira, do Todos Pela Educação, “vemos que o mais eficiente são os programas de formação continuada, articulados, em que professores consigam observar uns aos outros em atuação. Há muitos cursos que, apesar do investimento alto, trazem pouca melhoria na prática.”
Para concluir, Nogueira diz que o professor não vai resolver sozinho os problemas da educação – mas agrega que, sem eles, é bem possível que nenhum problema seja resolvido.
“Não tem atalho. Avançaremos pouco com a mudança da base curricular ou com a reforma do ensino médio, por exemplo, se não lidarmos com as questões (enfrentadas) pelos professores.”
“Na minha rede, eu ganharia bônus de 7% com mestrado. Vou investir dois anos de estudo por um bônus medíocre?”, questiona.
Segundo Olavo Nogueira, do Todos Pela Educação, “vemos que o mais eficiente são os programas de formação continuada, articulados, em que professores consigam observar uns aos outros em atuação. Há muitos cursos que, apesar do investimento alto, trazem pouca melhoria na prática.”
Para concluir, Nogueira diz que o professor não vai resolver sozinho os problemas da educação – mas agrega que, sem eles, é bem possível que nenhum problema seja resolvido.
“Não tem atalho. Avançaremos pouco com a mudança da base curricular ou com a reforma do ensino médio, por exemplo, se não lidarmos com as questões (enfrentadas) pelos professores.”
“Já usei a ideia de um colega de São Gonçalo (RJ) que conheci vias redes sociais e que está dando bons resultados em sala de aula: um jogo de cartas que ajuda em interpretação de texto e pensamento estratégico”, conta o professor Jorge Ferreira.
“Mas acho que isso ainda é algo feito totalmente por iniciativa dos próprios professores, que têm brigado muito para se articular por conta própria.”
3. Mais possibilidades de formação
Especialistas e professores veem mais opções de cursos de pós-graduação e mestrados, bem como plataformas online gratuitas como Khan Academy e Coursera, que ampliam o leque de possibilidades de formação à distância.
No âmbito do Ministério da Educação há a Universidade Aberta do Brasil, sistema de universidades públicas que dá prioridade a professores na oferta de cursos de nível superior à distância.
Para o professor Jorge Ferreira, porém, é preciso que as redes de ensino valorizem a formação.
“Na minha rede, eu ganharia bônus de 7% com mestrado. Vou investir dois anos de estudo por um bônus medíocre?”, questiona.
Segundo Olavo Nogueira, do Todos Pela Educação, “vemos que o mais eficiente são os programas de formação continuada, articulados, em que professores consigam observar uns aos outros em atuação. Há muitos cursos que, apesar do investimento alto, trazem pouca melhoria na prática.”
Para concluir, Nogueira diz que o professor não vai resolver sozinho os problemas da educação – mas agrega que, sem eles, é bem possível que nenhum problema seja resolvido.
“Não tem atalho. Avançaremos pouco com a mudança da base curricular ou com a reforma do ensino médio, por exemplo, se não lidarmos com as questões (enfrentadas) pelos professores.”


























