O uso do Ozempic, medicamento originalmente indicado para o tratamento de diabetes tipo 2 e amplamente utilizado de forma off label para emagrecimento, tem revelado um novo efeito colateral estético: a chamada “boca de Ozempic”. O termo foi citado pela dermatologista nova-iorquina Michele Green em entrevista ao Daily Mail, ao relatar um padrão recorrente entre seus pacientes que fazem uso do remédio.
Segundo a especialista, muitos usuários do Ozempic vêm apresentando perda significativa de volume no rosto, especialmente na região ao redor da boca, o que favorece a formação de linhas finas, rugas, flacidez e papada. “Essa perda de volume também pode piorar a aparência de linhas finas, rugas e flacidez já existentes, contribuindo para um sorriso e uma aparência geral mais envelhecidos”, afirmou a médica.
O efeito ocorre porque o Ozempic reduz a gordura subcutânea com rapidez — um dos fatores responsáveis pela sustentação e aparência jovial do rosto. Embora a condição seja temporária e possa ser tratada com estímulo à produção de colágeno, os resultados dos procedimentos estéticos podem levar de quatro a seis meses para aparecer e duram, em média, menos de dois anos.
A “boca de Ozempic” é parte do fenômeno mais amplo conhecido nas redes sociais como “Cabeça de Ozempic”, expressão que viralizou para descrever os efeitos da rápida perda de peso provocada pelo medicamento, como flacidez facial e aparência envelhecida.
Durante a entrevista, a Dra. Green chegou a citar celebridades de Hollywood que estariam apresentando sinais da condição, como Harvey Fierstein, Sharon Osbourne, Rebel Wilson e Whoopi Goldberg — embora nenhuma delas tenha confirmado publicamente o uso do remédio.
O alerta se soma a uma série de preocupações médicas sobre os efeitos colaterais do uso não supervisionado de medicamentos para emagrecimento. Especialistas recomendam acompanhamento profissional rigoroso para quem opta por esse tipo de tratamento.