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segunda-feira, 12 de maio, 2025
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Campo Grande fecha 18 mil buracos em nove dias durante pausa das chuvas

Força-tarefa da Sisep atua com 35 equipes; serviço será intensificado no inverno, diz Adriane Lopes

Em apenas nove dias de estiagem, cerca de 18 mil buracos foram tapados nas sete regiões de Campo Grande, segundo informou a prefeita Adriane Lopes (PP), durante participação no Dia D da campanha de vacinação, no Parque Ayrton Senna. A força-tarefa é coordenada pela Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) e conta com o trabalho de 35 equipes.

O serviço emergencial ganhou ritmo após as intensas chuvas que atingiram a cidade nos meses de março e abril de 2025, provocando alagamentos e danos à malha viária. De acordo com Adriane, a média diária chegou a 2 mil buracos tapados, com picos de até 2,2 mil em alguns dias. Além das operações de tapa-buraco, também houve recapeamento em pontos críticos.

“Hoje está nublado, chuvoso, mas acreditamos que semana que vem, na nova estiagem, as equipes vão continuar avançando”, afirmou a prefeita. Ela destacou ainda que a maior parte das intervenções está programada para o inverno, período em que a estiagem deve se acentuar e permitir continuidade nas obras.

Entre os danos mais graves causados pelas chuvas, destacam-se os 118 pontos de alagamento registrados em diferentes bairros. No Carandá Bosque, por exemplo, foram 66,8 mm de chuva em apenas duas horas — o maior volume desde 2016. Já na Avenida Senador Filinto Müller, uma passarela cedeu novamente devido à força das águas, menos de um ano e meio após a entrega da obra de reparo. O caso mais alarmante envolveu o pintor Lucas Ribeiro Maranhão, de 29 anos, que foi arrastado por cerca de 800 metros enquanto pedalava pela via. Ele conseguiu se salvar ao se agarrar à vegetação e foi socorrido pelo Samu.

Com a previsão de chuvas abaixo da média para os próximos meses, conforme aponta o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), a tendência é que os trabalhos de recuperação urbana se intensifiquem. O órgão alerta, no entanto, para temperaturas acima da média e risco de estiagens prolongadas no segundo semestre, especialmente nas regiões oeste e sudeste do Estado.

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