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sexta-feira, 23 de maio, 2025
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Caravina denuncia perseguição na Polícia Civil e deputados questionam Sejusp

As divergências de opiniões geradas com a união dos cargos de Perito Oficial Forense e Perito Papiloscopista, na estrutura da carreira Perito Oficial Forense, por iniciativa do Poder Executivo e aprovação da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul no fim do ano passado, ainda tem reverberado dentro da Polícia Civil, segundo denunciou o deputado Caravina (PSDB). Em discurso na tribuna nesta quinta-feira (22), o parlamentar citou duas situações que disse considerar atos de perseguição.

“Primeiro, quando cinco peritos papiloscopistas tiveram sindicância instaurada, porque mandaram ofícios a mim pedindo apoio de um veículo para atendê-los. Eu os visitei e perguntei o que eles estavam precisando. Eles me disseram que um veículo ia ajudar muito. Então eu pedi que me formalizassem, me enviaram e eu fiz uma indicação ao Governo do Estado. Para minha surpresa foram sindicados por insubordinação. Foi arquivado quando eu confirmei que o pedido foi meu”, contou.

Além disso, Caravina disse que agora há uma denúncia anônima sendo analisada quanto aos policiais presentes na ALEMS no dia da aprovação que unificou as carreiras, com fotos e nomes. “Aos que vieram aqui pedir o apoio de uma aprovação de Lei do Executivo, após muita luta, nós votamos e aprovamos, um movimento democrático, bonito, o sindicato pagou a gasolina dos que vieram do interior, os policiais trocaram plantão, mas a divergência de pensamento não pode prosseguir com isso. Todos são integrantes do grupo maior, a Polícia Civil.  Concordar e discordar faz parte, mas quero que a Secretaria de Segurança Pública (Sejusp) tome frente dessa situação e acabe com a perseguição por conta da divergência de posicionamento, porque está gerando um mal estar e isso impacta negativamente”, ponderou.

Caravina denuncia perseguição na Polícia Civil e deputados questionam Sejusp
Rinaldo, Gleice e Mara concordaram com Caravina

A deputada Mara Caseiro (PSDB) concordou e classificou como autoritarismo. “Fiquei indignada quando fiquei sabendo. Vários servidores do Governo vêm aqui pedir aprovação de projetos salariais, que é um direito que têm de poder vir e manifestar ou agradecer, normal, acontece todo mês. Agora o que me causa indignação é a maneira como fizeram o destaque das pessoas na denúncia anônima como se tivessem cometido crimes. Não teve prejuízo no trabalho. Quantos anos estão lutando por esse oficialidade. Agora que o Governo entendeu de dar a eles, que cumprem seu papel, isso para mim é perseguição absurda, de um autoritarismo que não cabe no Governo esse tipo de atitude”, criticou.

Professor Rinaldo Modesto (Podemos) disse que é preciso superar. “Em relação às divergências me lembra muito a história dos ATEs e Fiscais. Era uma questão mais de ego e rivalidade que perdurou, mas graças à aquiescência foi pacificado. Agora essa divergência entre os peritos e papiloscopistas. É de indignar que o Governo vai compactuar com um comportamento do passado. É natural eles viessem aqui reivindicar. A sua indicação também super normal. Já indicamos e levamos emendas a setores públicos e acho muito estranho essa situação toda, espero que seja resolvido”, comentou.

Para Gleice Jane (PT) não se sobre a categoria, mas sobre um modo de pensar que caracteriza uma afronta à democracia. “São servidores que estão dizendo a necessidade de melhorar o serviço público. Entender que toda luta que envolve a melhoria do servidor é para a sociedade. Denúncias de que está faltando gente, porque o salário está defasado, ok, culpa do próprio Governo, mas essa denúncia anônima, que não teve nem coragem de se identificar, porque sabia que era motivo fútil, não deve nem ter continuidade. O que preocupa é isso, a Secretaria dar continuidade ao tema. Isso atinge a democracia. Me parece mais perseguição política do que, necessariamente, algo que atinge a categoria. Diz respeito à democracia”, analisou.

Caravina denuncia perseguição na Polícia Civil e deputados questionam Sejusp
Presidente perguntou se há caça às bruxas

Já o presidente Gerson Claro (PP) pediu que se analise a atitude da chefia. “Existe o princípio da legalidade, mas estamos falando de pessoas que vieram apoiar projeto do Governo, que depois de muito atendeu a população, a ALEMS reconhece, aprova e depois começa caça às bruxas? Tem chefia não alinhada com o projeto de Governo. Chefia não merece permanecer no cargo. É preciso analisar, porque o que temos é que foi tudo negociado, com troca de plantões e não houve prejuízo. E outra é preciso ver de onde partiu a sindicância”, questionou.

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