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quarta-feira, 28 de maio, 2025
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Seu celular pode ser mais sujo que um vaso sanitário, alertam especialistas

Apesar de ser item indispensável no dia a dia, o celular pode ser um dos objetos mais sujos com os quais temos contato. Estudos revelam que um smartphone chega a acumular até dez vezes mais bactérias do que um vaso sanitário, já que permanece em contato constante com mãos, rosto e superfícies muitas vezes contaminadas.

Entre os microrganismos mais comuns estão E. coli, Salmonella e Staphylococcus aureus, todos com potencial de provocar infecções sérias, sobretudo em grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas imunocomprometidas.

Levantamentos realizados por instituições como as universidades de Michigan e do Arizona, nos Estados Unidos, confirmam a gravidade do problema. Um dos estudos detectou mais de 17 mil genes bacterianos em celulares de estudantes americanos, reforçando que os aparelhos são verdadeiros vetores de microrganismos.

Segundo o infectologista Ruan Fernandes, da Rede D’Or São Luiz, o celular acaba funcionando como uma “extensão da mão”, acumulando facilmente os germes que tocamos ao longo do dia. “A mão é o local do nosso corpo que toca as superfícies. Por isso, ela acaba sendo o vetor, o veículo que carreia microrganismos para o celular”, explica.

O risco aumenta com hábitos comuns, como usar o aparelho no banheiro, durante refeições, deixá-lo na cama ou emprestá-lo a outras pessoas. Além disso, um dos erros mais frequentes, segundo os especialistas, é esquecer de limpar a capinha, que acumula ainda mais sujeira e microrganismos ao longo do tempo.

Bactérias resistentes, como MRSA e Pseudomonas, podem causar desde infecções respiratórias até gastrointestinais. “Grupos mais frágeis deveriam ter um cuidado ainda mais intenso com o celular”, alerta o Dr. Ruan.

Como limpar seu celular corretamente

A boa notícia é que a higienização do celular é simples e eficaz. A Apple recomenda o uso de álcool isopropílico 70% ou etílico 75%, aplicados com pano de microfibra. A Samsung também orienta o uso de água destilada para limpezas mais leves.

“O álcool evapora rápido e não danifica o aparelho, se aplicado corretamente”, destaca o Dr. Ruan. A recomendação é realizar movimentos circulares e deixar o aparelho secar naturalmente.

A microbiologista Emily Martin, da Universidade de Michigan, recomenda fazer a limpeza pelo menos uma vez por semana. No entanto, se o aparelho for levado a ambientes com grande circulação de pessoas, como transporte público ou banheiros, a higienização deve ser diária.

Além da limpeza regular, os especialistas reforçam a importância de manter as mãos limpas e evitar levar o celular para locais de alto risco de contaminação, como banheiros. Pequenas mudanças nos hábitos podem reduzir significativamente o risco de doenças.

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