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sexta-feira, 27 de junho, 2025
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Mistério que segue! Nenhum órgão confirmou a ocorrência de terremoto em Dourados

Nenhum órgão compatível confirmou a ocorrência de um terremoto na cidade de Dourados, conforme denunciado por moradores na quarta-feira (225). Tanto a USP (Universidade de São Paulo), que mantém o Centro de Sismologia, quanto o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), disseram que não registraram abalos na região.

Nessa quinta-feira (26), com a repercussão do caso pela imprensa, militares do Exército Brasileiro, através da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, foram até uma pedreira, na zona rural do município, para fiscalização a ocorrência de explosões, mas não houve detonação na data dos fatos.

A Defesa Civil do Município disse que o barulho pode ter sido pelo choque entre uma massa de ar frio e outra de ar quente, já que as condições meteorológicas em Dourados apontavam para essa possibilidade. O choque provocou um enorme trovão, mas sem a queda de raio. Esse fenômeno é comum e não traz perigo.

Por volta das 17 horas, ouviu-se um forte barulho seguido pelo tremor de terra. Pessoas compartilharam nas redes sociais que as janelas e as paredes de suas casas balançaram, mas não há relatos de danos. Os depoimentos foram concentrados nas regiões dos bairros Parque Alvorada, Jardim Caramuru, Centro e proximidades do Trevo da Bandeira.

Recentemente, no dia 03 deste mês, Bonito também registrou um tremor de 1.7 MLv (Magnitude Local vertical) provocado pelo desmonte, ou seja, detonação de mineradoras. Na região, existe uma empresa de calcário na rodovia estadual MS-435, fato este confirmado posteriormente.

Já em maio, a cidade Sonora registrou 20 terremos em três dias, o mais forte de 3.5 mR. A Rede Sismográfica Brasileira explica que os tremores são relativamente comuns no Brasil, tendo a sua origem natural e ocorrem devido à liberação de esforços acumulados na crosta terrestre.

No caso de MS, a explicação está no Pantanal. Os abalos sísmicos estão muito presentes dentro da bacia sedimentar do Pantanal porque ela é mais recente no tempo geológico e é uma bacia ativa, ou seja, está em formação, se estruturando, o que favorece a frequência de abalos sísmicos.

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