17.8 C
Campo Grande
sábado, 5 de julho, 2025
spot_img

Censo revela necessidade de reforma nas UBS e falta de equipes para Saúde da Família

O Ministério da Saúde divulgou um estudo sobre o perfil das Unidades Básicas de Saúde (UBS) existentes em Mato Grosso do Sul. Chamado de Censo das UBS, com dados registrados até o ano de 2024, o levantamento apontou que existem em todos os 79 municípios locais, exatos 606 centros, unidades e postos de saúde.

Do total, 93% estão em imóveis próprios, mas 62,7% estão precisando de reformas e melhorias na infraestrutura, sendo que 15,2% sofreram danos causados por desastres climáticos nos últimos cinco anos. Apenas 6,3% estão classificados como postos de saúde e 0,3% como unidades mistas de saúde.

Entre os serviços oferecidos, o destaque ficou com a cobertura quase total em atendimento a hipertensos (97,2%) e diabéticos (97,6%). O pré-natal, realizado por enfermeiros, está presente em 95,9% das unidades e testes rápidos para HIV em 94,8%. A dispensação de glicosímetros existe em 45,2% das UBSs.

A saúde bucal é oferecida em 74,4% estabelecimentos e 93% do total realizam extrações dentárias. A cobertura de consultórios é de 82,7%. No que diz respeito aos recursos humanos, 96,2% das unidades contam com médicos, 96,6% com enfermeiros e 91,1% com agentes comunitários de saúde (ACS).

A maioria das unidades (67%) opera com apenas uma equipe de Saúde da Família. Embora 94,6% das UBS tenham acesso à internet, apenas 65,2% contam com conexão considerada adequada para atividades como telessaúde e webconsultas.O prontuário eletrônico está presente em 95,3% e a média de computadores por UBS é de 7,6.

Em relação à infraestrutura de equipamentos, 6,3% têm eletrocardiógrafos, 19% contam com DEA (desfibrilador automático) e 59,2% têm oxigênio disponível. Já as salas de vacinação estão presentes em 76,7%. No contexto da gestão, 97% estão sob responsabilidade das secretarias e 92,6% funcionam ao menos 10 turnos por semana.

Fale com a Redação