A popularidade do “morango do amor” nas redes sociais tem provocado uma verdadeira febre na Ceasa-MS (Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul), levando a um aumento expressivo na procura pela fruta. Na última semana, a sobremesa viralizou e, desde então, caiu nas graças dos consumidores, registrando vendas que superam até mesmo as datas comemorativas tradicionais.
Na manhã da quinta-feira passada, a filial da Casa do Morango na Ceasa estimou a venda de aproximadamente 6 mil caixas da fruta. Segundo o gerente da filial, Fernando Higa, o aumento na procura foi de cerca de 50%, ultrapassando o volume comercializado em ocasiões como o Dia das Mães e a Páscoa.
“Tanto supermercados quanto consumidores finais estão vindo atrás do morango, acredito que por causa do morango do amor. Na semana retrasada já sentimos um aumento, mas não tão significativo. A partir da semana passada, a procura explodiu”, explica Higa.
Os principais estados fornecedores de morangos para as empresas da Ceasa-MS são São Paulo, estados da Região Sul e, especialmente, Minas Gerais. Com a alta demanda, os preços nas regiões produtoras também subiram, o que impactou o valor repassado ao consumidor final.
Nesta semana, o preço da caixa com quatro bandejas de morangos subiu cerca de 35% em duas das empresas que comercializam a fruta na Ceasa-MS, chegando a custar, em média, R$ 38. “É a famosa lei da oferta e procura. Com a alta demanda no produtor, o preço lá na roça aumentou, e isso acaba refletindo no preço para o comércio”, comenta Higa.
Apesar do aumento, Higa ressalta que comprar diretamente na Ceasa ainda é a opção mais econômica para o consumidor. A empresa Girelli Comércio de Frutas e Verduras, localizada na Ceasa-MS, teve seus estoques de morango zerados na quarta-feira (24), mas já realizou novos pedidos com a expectativa de normalizar o fornecimento nesta semana.
A vendedora Giselle Tenório, da Girelli, reforça que os morangos comercializados também vêm de Minas Gerais e da Região Sul do Brasil e confirma a influência do morango do amor no aumento da procura. “Quem sofre é a maçã do amor, que foi pioneira, mas agora está em desuso”, brinca.
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