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sábado, 13 de setembro, 2025
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Inflação recua 0,11% em agosto e país registra maior deflação desde 2022

O Brasil registrou deflação de 0,11% em agosto, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta semana. O resultado é o primeiro negativo desde agosto de 2024, quando a inflação caiu 0,02%, e também representa a deflação mais intensa desde setembro de 2022.

A queda foi puxada, principalmente, por itens que pesam diretamente no orçamento das famílias, como energia elétrica, passagens aéreas e lazer.

Energia elétrica e habitação em destaque

O grupo Habitação registrou queda de 0,90%, com forte impacto da redução de 4,21% na energia elétrica residencial. Segundo o IBGE, o resultado foi influenciado pela incorporação do Bônus de Itaipu, que compensou o efeito da bandeira tarifária vermelha patamar 2 — que adiciona R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos.

Transportes e combustíveis em queda

No grupo Transportes, a redução de preços foi de 0,89% nos combustíveis e de 2,44% nas passagens aéreas. O etanol e o gás veicular também ficaram mais baratos, enquanto o diesel apresentou leve alta de 0,16%.

Lazer mais acessível

O setor de Lazer também contribuiu para a deflação. Cinema, teatro e concertos tiveram queda de 4,02% nos preços, movimento atribuído às promoções da “Semana do Cinema”, que baratearam ingressos em todo o país.

Pressões de alta

Apesar das quedas, alguns itens seguiram em movimento contrário, pressionando o bolso do consumidor. Os jogos de azar subiram 3,6%, enquanto o transporte por aplicativo avançou 3,27%. Também ficaram mais caros os serviços de streaming (+1,91%) e as mensalidades do ensino superior (+1,26%).

Acumulado no ano

Com o resultado de agosto, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acumula alta de 3,15% em 2025. No recorte de 12 meses, a inflação está em 5,13%.

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