26.8 C
Campo Grande
segunda-feira, 13 de outubro, 2025
spot_img

Anvisa proíbe venda de produtos à base de cannabis e cogumelos de três empresas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização de uma série de produtos à base de cannabis e cogumelos fabricados ou vendidos pelas empresas Hemp Vegan, Cannafy e De Volta às Raízes. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União da última quinta-feira (10), por meio da Resolução 3.987/2025.

Segundo a Anvisa, os produtos da Hemp Vegan não possuem registro, autorização ou fabricante identificado. A medida atinge todos os lotes de itens derivados de cannabis comercializados pela marca, como gotas de CBD Fullspectrum Vegano, bálsamos tópicos, gomas e pastas com fitocanabinoides e parches musculares com CBD.

A reportagem tentou contato com a Hemp Vegan, mas não obteve resposta até a publicação da matéria.

Cannafy também é alvo

A Cannafy Serviços de Internet foi igualmente alvo da fiscalização. De acordo com a Anvisa, a empresa comercializa produtos sem registro e fabricados por companhias que não possuem autorização de funcionamento. Entre os itens proibidos estão produtos das marcas CBDM Gummy, Canna River e Rare Cannabinoid.

Em nota publicada em seu site, a Cannafy afirmou que não fabrica nem vende produtos de cannabis no Brasil. A empresa diz atuar apenas como intermediária entre pacientes e fornecedores estrangeiros, garantindo que as importações sejam previamente autorizadas pela Anvisa, conforme prevê a Resolução RDC nº 660/2022.

Cogumelos sob suspeita

A empresa De Volta às Raízes também teve suspensa a comercialização de seus produtos feitos com cogumelos, como Tremella, Reishi, Cordyceps Militaris, Cogumelo do Sol, Juba de Leão, Chaga e Cauda de Peru. Segundo a agência, nenhum dos itens tem registro, notificação ou cadastro na Anvisa, e a empresa não possui autorização para fabricar medicamentos.

Em seu site, a marca alega que os produtos são voltados à Medicina Tradicional Chinesa e “não se enquadram como medicamentos”, estando dispensados de registro conforme a Resolução nº 240/2018.

A Anvisa reforçou que a comercialização de qualquer produto com alegações terapêuticas sem registro é considerada irregular e passível de sanções. A fiscalização e as proibições fazem parte das ações contínuas da agência para coibir a venda de produtos sem comprovação de segurança e eficácia no país.

Fale com a Redação