Mesmo com placas Mercosul, casos de clonagem ainda ocorrem em Mato Grosso do Sul
Mesmo com os avanços nas medidas de segurança e a implantação das placas no padrão Mercosul, casos de clonagem de veículos ainda são registrados em Mato Grosso do Sul. Diante dessas ocorrências, o Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito) orienta os motoristas sobre como proceder ao receber multas ou notificações de locais onde não estiveram, inclusive em situações em que o veículo estava guardado.
De acordo com o Detran-MS, o primeiro passo é registrar um Boletim de Ocorrência (B.O.) em uma Delegacia de Polícia, relatando a suspeita de clonagem. Em seguida, o proprietário deve solicitar uma perícia veicular junto ao Núcleo de Investigações Veiculares (NIV) da Polícia Civil, responsável por identificar possíveis fraudes.
Atualmente, o Estado conta com 12 unidades do NIV, localizadas em Campo Grande, Aquidauana, Coxim, Corumbá, Dourados, Fátima do Sul, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Ponta Porã, Paranaíba e Três Lagoas.
🧾 Etapas e documentos necessários
Após a perícia, o motorista deve se dirigir a uma agência do Detran-MS e protocolar um requerimento solicitando a troca da placa do veículo. Nessa etapa, é aberto um processo administrativo para apurar o caso e regularizar a situação.
Para dar entrada, é preciso apresentar:
- Documento pessoal e CPF (pessoa física);
- Contrato social e CNPJ (pessoa jurídica);
- CRLV-e;
- Cópia da notificação indevida (se houver);
- Imagem do veículo registrada por radar (caso disponível);
- Fotografias coloridas do veículo original (frente, traseira e laterais), destacando características que o diferenciem do clone;
- Laudo de vistoria veicular;
- Laudo pericial do Instituto de Criminalística.
As taxas, débitos e impostos devem estar quitados, exceto as multas relacionadas ao veículo dublê. Após a análise e confirmação da clonagem, as infrações e pontuações indevidas são canceladas. O proprietário deve pagar apenas pela emissão do novo documento e pela estampagem da nova placa.
🚓 Monitoramento e segurança
Com a substituição da placa, a anterior recebe uma restrição administrativa de “suspeita de clonagem”, passando a ser monitorada pelo CISV (Centro Integrado de Segurança Viária) e por autoridades policiais estaduais e federais.
O Detran-MS reforça que o procedimento é fundamental para evitar prejuízos e garantir a segurança jurídica dos proprietários de veículos que são vítimas de fraudes.