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terça-feira, 7 de maio, 2024
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Após decisão judicial, Telegram sai do ar no Brasil

O Telegram deixou de enviar e receber mensagens no Brasil na noite desta quarta-feira (26) por não entregar todos os dados de grupos neonazistas investigados pela Polícia Federal. A decisão de suspensão do aplicativo é provisória e foi dada pelo juiz Wellington Lopes da Silva, da 1ª Vara Federal de Linhares (ES), depois que a plataforma não fornecer informações solicitadas a respeito de grupos neonazistas atuantes no Telegram.

Os ofícios para o cumprimento dessa determinação teriam que ser entregues aos destinatários até as 19h (horário de Brasília) desta quarta, segundo decisão judicial. Além da suspensão, a Justiça também ampliou de R$ 100 mil para R$ 1 milhão por dia a multa e caso de descumprimento da decisão.

+ Justiça determina suspensão do Telegram no Brasil

Nas redes sociais, relatos de falha no Telegram se intensificaram após as 21h30. O site Downdetector, que monitora o funcionamento de serviços na internet, registrou um pico de notificações sobre o aplicativo neste horário.

Após decisão judicial, Telegram sai do ar no Brasil
Downdetector teve pico de notificações sobre o Telegram após as 21h30 desta quarta-feira (26) (Foto: Reprodução)

O caso

A Polícia Federal havia solicitado ao Telegram informações sobre integrantes e administradores de dois grupos online que promovem antissemitismo.

A obtenção desses dados faz parte das investigações sobre o ataque a uma escola da cidade capixaba de Aracruz, realizado por um adolescente de 16 anos no final do ano passado.

Segundo a polícia, “o conteúdo do celular utilizado pelo jovem revela que a ação pode ter sido induzida por integrantes neonazistas de forma anônima através do aplicativo do Telegram”.

Grandes plataformas da internet, como Twitter e TikTok, além dos aplicativos de troca de mensagens, têm sido questionadas sobre a disponibilização de conteúdo para cooptar e estimular jovens que tenham interesse no tema.

O caso do adolescente de 13 anos que invadiu uma escola no final de março em São Paulo, matou uma professora e feriu cinco pessoas ligou um alerta sobre esse tipo de atividade online.

O autor do ataque fazia referências a um dos autores do massacre em Suzano (SP) em 2019, algo recorrente em grupos neonazistas na internet.

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