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terça-feira, 10 de junho, 2025
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Após pico no mês de maio, casos de dengue na Capital está estável, segundo Sesau

Os casos de dengue em Campo Grande têm se mantido estáveis nos últimos meses, sendo o último pico registrado em maio. Os dados positivos resultam de ações estratégicas como a campanha Mosquito Zero e o Método Wolbachia,  da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), além do trabalho de rotina realizado pela Coordenadoria de Controle de Endemias (Vetoriais).

A primeira edição da campanha deste ano foi lançada no mês de maio e  concluída com mais de 87 mil imóveis inspecionados, 59.221 depósitos removidos e 2.239 focos do mosquito Aedes aegypti encontrados e eliminados. Os dados epidemiológicos da Sesau  abaixo evidenciam o resultado do trabalho realizado, com uma queda expressiva no número de notificações por dengue em Campo Grande.

Após pico no mês de maio, casos de dengue na Capital está estável, segundo Sesau

Apesar dos números serem positivos, existe a preocupação com um aumento de proliferação do mosquito e, consequentemente, de casos da doença nos meses de janeiro a março, em razão do período de chuvas passageiras e forte calor, ocorrências típicas do Verão.

Como uma forma de prevenir um possível aumento, a Sesau lançou no mês de novembro a segunda edição da campanha Mosquito Zero. A previsão é de que os trabalhos se estendam até o final do mês de fevereiro, concluindo as sete regiões urbanas do Município.

“É necessário que a população se conscientize sobre a importância de cada um de nós fazer a sua parte, considerando que 80% dos focos ainda são encontrados deste das residências. Por isso não basta o Poder Público somente estar empenhado, é preciso o envolvimento de toda a sociedade nesta guerra”, destaca o secretário municipal de Saúde, Dr. Sandro Benites.

A mobilização teve início pela região Segredo e seguiu para as regiões Anhanduizinho e Bandeira, onde os trabalhos se concentram até a próxima semana.

Além do trabalho de manejo e orientação realizados pelos agentes, na região foram instalados dois pontos de descarte para que os moradores possam se desfazer de materiais inservíveis de pequeno e grande volume acumulados em casa, como móveis inutilizados, carcaça de eletrodomésticos e eletrônicos, pneus e outros objetos que possam acumular água. Não é permitido o descarte de entulhos, restos de materiais de construção e podas de árvores.

Os pontos estão instalados na Rua Camaçari entre as Ruas Oeiras e Aroazes, na Moreninha II, e na Rua Mandacaru entre as Ruas Samburá e Mururé, Moreninha III.

Conforme a primeira parcial registrada do dia 03 de novembro a 14 de dezembro foram inspecionados 21 mil imóveis, 11,5 mil depósitos/criadouros descartados e 524 focos eliminados.

Do dia 01 de janeiro a 22 de dezembro foram notificados 16.055 e confirmados 8.255 casos, além de sete óbitos por dengue em Campo Grande. Neste mesmo período foram confirmados apenas 1 caso de Zika e 130 de Chikungunya.

Método Wolbachia

O Método Wolbachia está em sua 6ª e última fase de soltura nos últimos 10 bairros e em breve 100% da cidade será contemplada pelo método.  Nesta semana,  o secretário Dr. Sandro Benites visitou a Biofábrica do método em Campo Grande e destacou a importância da estratégia no combate as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

“Esse método tem contribuído muito na redução de casos da doença na Capital. Parabéns a todos os profissionais desenvolvidos nesse trabalho”, disse.

Além de Campo Grande, o método Wolbachia é desenvolvido no Brasil nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), Niterói (RJ), Petrolina (PE) e em Belo Horizonte (BH). Recentemente um estudo internacional atestou a eficácia do método no combate às arboviroses, evidenciando os resultados obtidos na cidade do Rio de Janeiro.

Concluída a fase de soltura, haverá um período de monitoramento ainda a ser realizado para medir os índices e resultados obtidos em Campo Grande com o método que deverão ser posteriormente divulgados.

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