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Após renunciar gestão plena, Prefeitura diz que mudança ainda depende de burocracia

30/06/2016 06h30

Após renunciar gestão plena, Prefeitura diz que mudança ainda depende de burocracia

Ddos News

Mesmo com o anúncio da possibilidade de renúncia da gestão plena da saúde de Dourados para o Estado ocorrida no dia 17 passado, ainda não há mudanças no setor e essas dependem de um processo burocrático que ainda não tem prazo para ocorrer. Enquanto isso, segundo o secretário de Saúde, Sebastião Nogueira, o repasse de valores do município para a área não sofrerá mudanças.

“Acontece toda uma burocracia, quando o Estado ou a União assumirem a gestão, ainda acontece todo um processo demorado até que isso comece a valer, não se sabe ao certo quanto tempo leva. Vale lembrar que nós não vamos ‘largar’ a saúde para lá, não é isso, vamos continuar repassando a nossa parte”, disse.

Apesar da medida de descartar a gestão plena, a saúde de Dourados continua atendendo os pacientes que buscam os hospitais do município.

O secretário destaca que o “injetado” na saúde atualmente é o total de 25% da receita do município, que ultrapassa os 15% previstos na constituição e que seguirá mesmo com a alteração. Ele enfatiza que a transferência da gestão plena, o que muda é a administração do que é recebido, o que ele reafirma como insuficiente.

“Nós abrimos mão de gerir, pois se não forem envolvidos mais recursos não temos condições de administrar. É preciso repactuar o sistema e o Estado tem ajudado, União também, mas mesmo assim tem sido insuficiente”,disse.

Nogueira destacou que a falta de recursos deixa um problema grave quanto a renovação de contratos com o Hospital da Vida e os convênios com Hospital Evangélico e Universitário para diversas demandas. Sem reajustes nos repasses, ele pontua as situações dos aumentos contratuais, demissões e afirma a necessidade de uma solução com urgência.

“O HU quer um aumento no contrato de serviços de R$ 800 mil/mês e não temos esse valor. Já é difícil a situação por conta de demissões, precisa-se de uma saída. O HE e o HV também solicitam aumentos, não temos como arcar”, destaca.

Quando a gestão deixa de ser da prefeitura municipal, a prefeitura fica responsável apenas pela atenção básica, os postos de saúde no caso. No momento, os atendimentos nas unidades de saúde de Dourados permanecem normalmente.

A Saúde de Dourados hoje é responsável por atender aproximadamente 800 mil pessoas de 32 municípios e com a medida, o município deixa de gerir a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), Hospital da Vida e os convênios com Hospital Evangélico e Universitário para diversas demandas.

Com medida, município ficaria responsável apenas por saúde básica - Foto: Arquivo Dourados News

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