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sábado, 20 de abril, 2024
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Atentado contra detento em Campo Grande pode ter sido encomendado pelo PCC

O atentado contra um detento de 42 anos ocorrido na manhã desta quinta-feira em Campo Grande tem ligação direta com o crime organizado. A suspeita é da investigação do caso, levando em consideração a versão da vitima de que já fez parte do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios brasileiros e também na linha de fronteira com o Paraguai e a Bolivia. Ele segue internado na Santa Casa, agora sob escolta policial.

De acordo com a polícia, o detento, que é conhecido pelo apelido de ‘Grandão’, tem uma extensa ficha criminal e acumula quase 40 anos de pena. sendo que atualmente estava no regime semiaberto do Presídio da Gameleira, de onde estava retornando para casa quando passou a ser perseguido por dois homens em uma motocicleta e que passaram a fazer vários disparos contra o veículo dirigido por ele, modelo Ford Ka. Na ação, um dos pneus estourou e toda a borracha da roda acabou saíndo.

‘Grandão’ cumpre pena por quatro condenações que, somadas, totalizam 39 anos, 7 meses e 25 dias de prisão, sendo que ainda faltam cumprir pouco mais de 22 anos. Entre as condenações pela qual ele responde está porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas. Além disso, ele também fugiu do presídio semiaberto de Aquidauana em 2009 e também é apontado pela investigação como sendo colaborador do PCC.

Além disso, em agosto deste ano, ele teve o pedido de transferência da Gameleira para Aquidauana negado pela Justiça, após o MPMS (Ministério Público Estadual) alegar que “consta a informação de que o agravante é colaborador do PCC, o que acarretaria total comprometimento dos objetivos da reprimenda fixada, caso o pedido fosse deferido”. O pedido foi feito pelo argumento de que o réu estava sendo ameaçado pelos líderes do PCC, além dele ter parentes naquela cidade. A defesa chegou a contestar o argumento do Ministério, citando que o detento não tinha ligação com o crime organizado.

Atualmente, o recurso está tramitando na 2ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). O juiz em substituição legal Waldir Marques determinou que seja agendado julgamento para apresentação de sustentação oral da defesa.

O atentado

De acordo com o registro da ocorrência, o veículo em que o detento estava foi atingindo por vários tiros de uma arma de grosso calibre, logo após sair do presídio da Gameleira.

Na Avenida Gunter Hans, o garupa começou a atirar contra o carro, atingido os pneus. O detento, que estava dirigindo e tinha a sua esposa como passageira, foi ferido no abdômen e na perna, na altura da coxa.

Apesar disso, ele conseguiu fugir dos pistoleiros. Na fuga, as vítimas chegaram a passar com o carro dentro do terminal Aero Rancho até pararem em frente a 6° Delegacia de Polícia, onde foram socorridos.

Os atiradores fugiram e a Polícia Civil, Guarda Municipal e Batalhão de Choque fazem rondas na região para tentar localizar os responsáveis. O detento foi levado para a Santa Casa, a esposa dele não se feriu.

No tiroteio dentro do terminal, uma mulher que estava esperando pelo ônibus acabou sendo ferida no braço. Ela foi socorrida por populares e levada ao Hospital Regional.

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