Publicado em 14/10/2017 08h54
Bloqueio de bens de donos da JBS reacende alerta no setor
Falta de capital pode resultar no fechamento de plantas e demissões
Correio do Estado
O bloqueio de bens do grupo JBS reacendeu o sinal de alerta no setor produtivo de Mato Grosso do Sul.
O mercado da carne passou sem sentir os impactos gerados pela prisão dos irmãos Joesley e Wesley Batista, no mês passado, ao contrário de estados vizinhos, como Mato Grosso, em que houve redução de abates. Mas isso está longe de representar tranquilidade.
Conforme o produtor rural e ex-presidente da Associação de Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Chico Maia, inviabilizar a operação da empresa pode “ter impactos dos mais adversos” tanto para o Estado quanto para o País.
“A JBS é um grande empregador nacional. Acredito que seja um dos maiores do País. Essa pressão em cima do patrimônio para se tentar inviabilizar a operação do frigorífico pode ter impactos. O primeiro, e o mais preocupante, é no sentido de empregos. Se você inviabiliza a operação financeira de um grupo que só no Estado gera 20 mil empregos, as consequências são preocupantes”, destacou.
O grupo JBS teve bloqueio de bens determinado em três decisões judiciais distintas. A mais recente é de 9 de outubro, quando o juiz da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais, de Mato Grosso do Sul, Alexandre Antunes da Silva, determinou o bloqueio de R$ 614,7 milhões, a pedido da CPI da JBS, da Assembleia Legislativa.
Uma semana antes a CPI havia conseguido o bloqueio de R$ 115,9 milhões, totalizando R$ 730,6 milhões sem multa, juros e correção.



















