O ex-presidente Jair Bolsonaro permanece internado em Brasília e ainda não tem previsão de alta, conforme o último boletim médico divulgado nesta sexta-feira (2). De acordo com a equipe médica, ele está clinicamente estável, sem dor ou febre, com pressão arterial controlada.
Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia no intestino no dia 13 de abril, após apresentar dores e distensão abdominal durante uma agenda no Rio Grande do Norte, dois dias antes. O procedimento, motivado por uma obstrução intestinal, durou cerca de 12 horas e foi realizado sem intercorrências ou necessidade de transfusão sanguínea. Apesar disso, o ex-presidente precisou ser encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde permanece sob cuidados especiais.
Segundo os médicos, Bolsonaro “segue intensificando diariamente a fisioterapia motora e recebendo as medidas de prevenção de trombose venosa”. A equipe também informou que ele apresenta boa aceitação à dieta oral, complementada por via parenteral (endovenosa).
Mesmo com a recomendação médica para evitar visitas, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, esteve com Bolsonaro em 22 de abril.
Além do quadro de saúde, Bolsonaro foi alvo de uma intimação judicial durante a internação. No dia 23 de abril, agentes do Supremo Tribunal Federal (STF) entregaram ao ex-presidente uma notificação sobre a abertura de uma ação penal. A medida foi tomada após Bolsonaro aparecer em uma live nas redes sociais, o que, para o STF, indicaria que ele estava em condições de receber a intimação.
O advogado do ex-presidente, Paulo Cunha Bueno, criticou a decisão. Em nota divulgada nas redes sociais, ele afirmou que a citação em ambiente hospitalar contraria o Código de Processo Penal, que veda esse tipo de diligência a pessoas em estado grave de saúde.
