No início da madrugada deste sábado (2), foi libertado o policial penal mantido refém no Estabelecimento Masculino Ricardo Brandão em Ponta Porã. A negociação teve início no final da tarde de ontem (1º) e com a chegada do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar, foi decisivo para que o motim fosse encerrado.
O motim iniciou por volta das 16 horas de ontem, quando três presos identificados por Claudio, Fabricio e Derivaldo renderam um policial penal, estando eles armados com uma faca. O trio solicitava a presença da imprensa, e alegou que foram “esquecidos” por parte do judiciário e também casos de Covid-19 no presídio.
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A maior parte dos presos, que estavam nas outras alas do presídio, não participaram da ação, mantendo o cárcere privado na cela de isolamento, que ficava no final do corredor do prédio. Mas para chegar ao local, haviam dois portões de acesso com cadeado e as chaves acabaram na posse dos presos amotinados.
No inicio da noite chegaram reforços, como equipe do Batalhão de Choque e Comando de Operações Penitenciárias (COPE) da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen). Já se encontrava pelo presídio equipes da Polícia Militar e do Departamento de Operações de Fronteira (DOF).
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Estiveram presentes representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Carlos Bordão; conselheira Estadual dos Direitos Humano [da OAB], Nina Negri; e presidente da Comissão dos Advogados Criminalista da 5ª subseção de Ponta Porã, Jucimara de Melo. Eles tentaram uma rendição dos internos, porém acabaram deixando o presídio sem uma solução encontrada para a libertação do policial penal.
Por volta das 23 horas, chegou ao estabelecimento penal uma equipe do Bope, composta por negociador e equipe de assalto para atendimento da crise. Após quase quatro horas de interlocução com amotinados, o policial penal foi libertado do cárcere e encaminhado por uma equipe do Corpo de Bombeiros ao Hospital Cassems para uma avaliação médica. Já os presos envolvidos, foram encaminhados em viatura penal do Cope para o Centro de Triagem em Campo Grande.
Ao final, foi repassado à imprensa que além dos três presos que mantiveram o cárcere privado, outros quatro acabaram participando do motim.
De acordo com a representante dos Direitos Humanos da OAB de Ponta Porã, a advogada Nina Negri, será aberto um processo e os presos responderão por seus atos.












