12/01/2017 19h42
Bovespa fecha em alta de mais de 2% após Copom acelerar corte de juros
G1
O principal índice da Bovespa fechou em alta de mais de 2% nesta quinta-feira (12), reagindo positivamente à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de acelerar o ritmo de queda da taxa básica de juros, o que segundo analistas deve favorecer as empresas endividadas e atrair mais recursos para a bolsa.
O Ibovespa encerrou com ganho de 2,41%, a 63.953 pontos, no maior patamar de fechamento desde 8 de novembro (64.157 pontos).
Na máxima da sessão, avançou 3,04%, superando os 64 mil pontos. O giro financeiro totalizou R$ 10,8 bilhões reais, bem acima do volume médio diário de R$ 5,8 bilhões em 2017 até a véspera.
Efeito Selic
Após dois cortes de 0,25 ponto percentual, um em outubro e outro em novembro, o Copom acelerou na véspera o ritmo de ajuste da Selic, reduzindo em 0,75 ponto percentual a taxa de juro, para 13%.
A decisão surpreendeu participantes do mercado que previam um corte menos acentuado, de 0,5 ponto percentual. Minutos após o comunicado, Bradesco e Banco do Brasil anunciaram redução das taxas para clientes.
Segundo analistas, além de incentivar o consumo, a queda do juro ainda favorece os esforços das empresas de reduzir o endividamento e, por isso, reflete positivamente em quase todos os setores.
Destaques do dia
Itaú Unibanco fechou em alta de 2,54%, dando sustentação ao Ibovespa, dado o seu peso na composição do índice. Bradesco PN ganhou 2,35% e BB ON subiu 2,53%. Santander Brasil avançou 5,02%.
Cemig PN disparou 12,06%, liderando as altas do Ibovespa, beneficiada pela decisão do Copom, assim como Eletrobras ON, uma vez que são papéis com dívida bastante exposta ao comportamento dos juros.
Vale PNA teve ganho de 2,12%, enquanto Vale ON subiu 3,23%, acompanhando os preços do minério de ferro, que subiram pelo quarto dia consecutivo na China. O setor de siderurgia pegou carona no movimento, ajudado ainda por expectativa de que a redução da Selic deve beneficiar empresas alavancadas como a CSN ON , que subiu 4,47%. Usiminas PNA avançou 2,48% e Gerdau PN 1,59%.
Petrobras termimou em alta de 1,53% e Petrobras ON ganhou 1,66%, tendo no radar o impacto positivo do corte de juro sobre o endividamento da estatal, a firmeza das cotações do petróleo no mercado internacional e a notícia de que a petroleira atingiu a meta de produção pelo segundo ano consecutivo.












