Pesquisa Ipsos-Ipec mostra que 49% dos brasileiros acreditam que a situação econômica do país piorou nos últimos seis meses, um aumento significativo em relação a dezembro de 2024, quando esse índice era de 40%. Outros 26% consideram que a economia continua igual, enquanto 23% afirmam que melhorou. A pesquisa, divulgada neste sábado (14), ouviu presencialmente 2 mil pessoas com 16 anos ou mais, em 132 cidades, entre 5 e 9 de junho, com margem de erro de dois pontos percentuais.
Além disso, a expectativa para os próximos seis meses também piorou: 39% dos entrevistados acreditam que a economia vai piorar, ante 34% no levantamento anterior. Já 31% esperam melhora, enquanto 24% apostam em estabilidade.
No campo político, a avaliação da atuação do governo no combate ao desemprego segue negativa. Quase metade dos brasileiros (45%) classificam essa atuação como “ruim” ou “péssima”, mesmo índice registrado em março deste ano. A aprovação caiu de 30% para 25%. Curiosamente, essa percepção contrasta com dados oficiais do IBGE, que indicam a menor taxa histórica de desemprego do país, em 6,6% em maio de 2025.
Outros setores que também registraram aumento na insatisfação foram saúde e segurança pública. Na saúde, 48% avaliam o governo como ruim ou péssimo, enquanto na segurança pública o índice chega a 52%. Em contrapartida, a política externa apresentou leve melhora na avaliação positiva, subindo para 28%.
Sobre o meio ambiente, a percepção positiva manteve-se estável em 26%, e a avaliação negativa caiu levemente para 40%. No combate à fome e pobreza, a avaliação ruim recuou para 46%, mas a aprovação também diminuiu ligeiramente.
Os dados indicam que, apesar de avanços em indicadores econômicos e sociais, a percepção da população sobre a gestão governamental ainda enfrenta desafios, refletindo insatisfação em áreas essenciais para o cotidiano do brasileiro.
