Policial militar da reserva assumiu ter efetuado tiro e alegou ação “reativa” para evitar que arma fosse tomada
Um homem de 26 anos foi baleado na noite deste sábado (22) no estacionamento de um supermercado localizado na Avenida Rachel de Queiroz, região do Aero Rancho, em Campo Grande. Segundo o boletim de ocorrência, a vítima foi atingida por um disparo no abdômen enquanto tentava separar uma briga que começou após um acidente de trânsito.
De acordo com a Polícia Militar (PM), a confusão teve início após uma batida envolvendo um VW Gol e um Ford Ka no estacionamento. A equipe policial foi acionada para atender a ocorrência, mas, antes de chegar ao local, foi abordada por um motorista que buscava socorro para o homem ferido.
A vítima foi transferida e socorrida pela Unidade de Resgate do Corpo de Bombeiros e encaminhada à Santa Casa, onde permanece internada.
O condutor relatou que havia chegado ao supermercado na companhia de um conhecido. Ao descer do veículo, percebeu uma briga generalizada entre os envolvidos no acidente. No meio da confusão, ouviu o disparo e encontrou a vítima caída, pedindo ajuda.
PM da reserva assume ter efetuado o disparo
Durante o atendimento do Corpo de Bombeiros, a Força Tática analisou imagens do circuito interno do supermercado e conversou com testemunhas. Pouco depois, um policial militar da reserva, de 54 anos, apresentou-se espontaneamente no 10º Batalhão da PM, afirmando ser o autor do disparo.
Em depoimento, o sargento contou que foi ao local após receber a informação de que sua comadre estaria envolvida no acidente e sendo ameaçada. Ele afirmou que tentou intervir na discussão, mas acabou agredido por várias pessoas. Temendo que tomassem sua arma, disse ter efetuado um único disparo “de maneira reativa”, segundo o registro policial.
O militar relatou ter sido alvo de socos e chutes, apresentando hematomas e dores. Ele entregou sua pistola Taurus G2C calibre 9 mm, carregada, além da documentação funcional e autorização de porte. O caso foi encaminhado para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac), onde o policial foi apresentado à autoridade de plantão.
O caso segue em investigação para esclarecer a dinâmica completa da briga, do disparo e as possíveis responsabilidades criminais dos envolvidos, inclusive com analise de imagens das câmeras de segurança.
