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sábado, 20 de abril, 2024
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Câmera registra execução de filha de governador e outras três pessoas na fronteira

Câmera de segurança (vídeo ao final da reportagem) registrou o momento da execução da filha do governador Ronald Acevedo, do departamento paraguaio de Amambay e mais outras três pessoas que estavam com ela, quando deixavam uma casa de eventos em Pedro Juan Caballero, na madrugada deste sábado (9). As imagens foram obtidas pela Polícia Nacional do Paraguai e estão sendo analisadas para identificar os autores do crime.

Na chacina, morreram três jovens estudavam medicina na UCP (Universidade Central do Paraguai), dentre elas a filha do governador, Haylée Carolina Acevedo, de 21 anos, atingida por seis disparos. Além dela foram identificadas as outras duas, como sendo as brasileiras, Kaline Reinoso de Oliveira, 22 anos, moradora em Dourados, atingida por 14 tiros; e Rhanye Jamilly Borges Oliveira, 19 anos, executada com 10 tiros.

Além das jovens, morreu o motorista e principal alvo dos pistoleiros, Osmar Vicente Álvarez Grance, o “Bebeto”, atingido por 31 disparos. Ele era dono da lavanderia onde foi realizada uma assembleia do PCC, em março deste ano, que acabou com 13 membros da facção detidos pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas). Além disso, há outra linha de investigação que coloca a chacina como retaliação a morte de Marcos Esquivel, sobrinho de Cornelio Esquivel, considerado um dos chefões do crime organizado na fronteira entre Brasil e Paraguai.

Outras duas pessoas, sendo uma brasileira e um rapaz paraguaio, ambos de 20 anos, foram feridos na região da perna.

Foram efetuados mais de 110 disparos de fuzis calibre 7,62 e 5,56 por criminosos que chegaram em uma caminhonete, conforme se vê em vídeo:

Na noite de hoje, começou a circular um comunicado atribuído a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), negando que seja mandante do crime e afirmando que Osmar não era integrante da facção.

Contudo, nesta noite, em comunicado atribuído ao PCC e que roda pelas redes sociais, a facção criminosa nega que seja mandante do crime, afirmando ainda que Osmar sequer era integrante do grupo. “Não compactuamos, não concordamos com atos que causem a morte covardemente de pessoas inocentes, e combatemos tais atos”.

Nos do Primeiro Comando da Capital, viemos deixar ciente o crime em geral , e as autoridades gonvernamentais e todos os veículos de comunicação mundial que nós não temos nenhuma participação ou autorização nas mortes ocorridas nesta data, e que também o único homem do incidente não é integrante da nossa organização.
Prezamos a vida , acima de tudo , porém quando temos que tomar alguma atitude referente ha alguém este mesmo é comunicado que está decretado a morte .
Não compactuamos , não concordamos com atos que causem a morte covardemente de pessoas inocentes , e combatemos tais atos .
Deixamos nosso pesar as famílias
Ass * Primeiro Comando da Capital*
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