O Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos visa à conscientização desse gesto de amor.
27/09/2019 14h08
Por: Redação
A doação de órgãos é um ato nobre que pode salvar vidas. Para muitas pessoas, o transplante pode ser a única esperança de se manter vivo e para conscientizar e sensibilizar a população sobre a importância da doação de órgãos foi instituído no Brasil o dia 27 de setembro como o Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil é referência mundial na área de transplantes, ocupando o 2º lugar como maior transplantador do mundo, atrás apenas dos EUA. Apesar disso, dados fornecidos em 2018 mostram uma lista de espera no País de 40.487 pessoas, sendo que foram efetivadas apenas 3.529 doações. Em Mato Grosso do Sul, a lista chegou a 229 pessoas com 45 doações efetivadas.
Coordenadora médica da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante da Unimed Campo Grande, Dra. Cássia Vedovatte, afirma que pelo menos metade das potenciais doações é inviabilizada por negativa familiar. A profissional alerta que, apesar do sistema de transplantes no Brasil ser considerado muito eficiente, é fundamental sensibilizar familiares sobre o desejo de ser doador.
“No Brasil, as doações de órgãos somente acontecem com autorização familiar. Desta forma, é fundamental conversar com seus familiares e deixar claro o seu desejo de se tornar doador após a morte. Não há forma legal de garantir que a doação seja efetivada, entretanto, observa-se que quando há esclarecimento e manifestação prévia, esse desejo é respeitado pelos familiares”, argumenta.
Para realizar a captação de órgãos e tecidos, o Hospital Unimed CG conta com uma estrutura preparada e com uma comissão especificamente para viabilizar, desde o princípio, todo o processo de forma adequada, que funciona em conjunto e como segmento da Organização de Procura de Órgãos e Tecidos (OPO/MS) e a Central Estadual de Transplantes (CET/MS).
“O Hospital Unimed CG já efetivou captações, que contemplaram pacientes em lista de espera do Estado e de fora, reafirmando a importância e nobreza que cercam o processo, além de devolver esperança aos que aguardam de forma tão ansiosa por um doador e acalento aos corações dos familiares que perderam um ente querido”, fala a coordenadora.
Podem ser doados rim, fígado, coração, pâncreas, pulmão e outros, além de tecidos, como córneas, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue do cordão umbilical.
Comunicação Unimed Campo Grande.
