O Secretário de Segurança e Defesa Social de Campo Grande, Valério Azambuja, disse que houve falhas de procedimento.
18/11/2019 16h07
Por: Alan Diógenes
Após polêmica em torno da ação da Guarda Civil Municipal, que no feriado de Proclamação da República, na última sexta-feira, 15, utilizou spray de pimenta e apontou armas com bala de borracha para dispersar um grupo de usuários do transporte coletivo, que faziam protesto por demora dos ônibus, o Secretário de Segurança e Defesa Social de Campo Grande, Valério Azambuja, se manifestou nesta segunda-feira, 18.
Ele admitiu que houve um erro na conduto nos guardas naquele dia no Terminal Morenão. “Houve na verdade ali algumas falhas de procedimento. Primeiro, quanto mais naquele tipo de manifestação, que é pública, o diálogo é necessário até esgotar aquela fase. Segundo, o uso do spray de pimenta em determinado ambiente não é apropriado, aquele ambiente, principalmente, tinha muitas mulheres e até crianças ele foi usado indevido sim. A questão da arma longa dentro de tumultos, não se usa. Então estamos aqui revendo alguns procedimentos”, explicou o secretário por meio de nota enviada à imprensa pela secretaria.
No dia do ocorrido, o diretor presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende, afirmou que não imaginava a grande procura pelos usuários já que se tratava de um feriado nacional, e por isso a frota foi reduzida. Também disse que nos dias de Enem – Exame Nacional do Ensino Médio era esperado grande quantidade de usuários e por isso houve um reforço, mas neste feriado não.
Em entrevista a TV Morena, comentou: “O consórcio tem consciência que tem que aprimorar sua ação enquanto prestador de serviço essencial. Que isso sirva de ensinamento para que possamos melhorar”.
Afastamento dos guardas.
Os guardas envolvidos na ação daquele dia foram suspensos das atividades de rua a partir de hoje, segundo informação da Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social.
Conforme nota enviada à imprensa, o afastamento dos guardas que compõem o Grupo de Pronta Intervenção (GTI) é preventivo. Eles ficarão em atividades administrativas até os procedimentos administrativos sejam concluídos.
Os guardas são investigados sobre possível excesso, quanto a utilização de spray de pimenta contra grupo de manifestantes.
