Pequim reagiu neste domingo (12) à ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar novas tarifas de 100% sobre produtos chineses. O governo chinês prometeu adotar “contramedidas resolutas” se Washington cumprir a promessa, em mais um capítulo da crescente tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo.
A escalada ocorre após a China anunciar, na semana passada, uma série de restrições à exportação de minerais de terras raras — insumos estratégicos para a produção de semicondutores, equipamentos eletrônicos e veículos elétricos. A medida foi vista por analistas como uma resposta indireta às sanções americanas impostas nos últimos meses.
“Recorrer a ameaças de tarifas altas não é a maneira correta de se envolver com a China”, afirmou um porta-voz do Ministério do Comércio chinês, nos primeiros comentários oficiais após o anúncio de Trump. “Se os EUA persistirem em agir unilateralmente, a China tomará medidas correspondentes para salvaguardar seus direitos e interesses legítimos. Não queremos uma guerra tarifária, mas não temos medo de uma”, completou.
As declarações aumentaram a incerteza nos mercados internacionais e derrubaram bolsas na Ásia e nos Estados Unidos, em meio ao temor de uma repetição da guerra comercial de 2024, quando tarifas sobre importações entre os dois países chegaram a ultrapassar 120%.
Trump justificou as novas medidas dizendo que a decisão de Pequim sobre as terras raras foi “extremamente hostil” e uma “vergonha moral nas relações com outras nações”. O republicano também sugeriu que poderia cancelar o encontro previsto com o presidente chinês, Xi Jinping, nas próximas semanas, na Coreia do Sul.
O Ministério do Comércio da China, por sua vez, classificou as restrições às exportações como uma “ação legítima” e acusou os EUA de “padrões duplos”. Segundo o órgão, Washington há anos amplia controles de exportação e impõe sanções unilaterais que prejudicam empresas chinesas e “minam a atmosfera das negociações econômicas e comerciais bilaterais”.
Especialistas afirmam que as medidas chinesas espelham, em parte, a estratégia americana de restringir o acesso da China a tecnologias críticas, especialmente na área de semicondutores. As novas regras de Pequim ampliam a lista de minerais sob controle e limitam seu uso no exterior, incluindo em aplicações militares e eletrônicas avançadas — o que pode afetar cadeias globais de suprimentos e pressionar indústrias dependentes desses materiais.
Com a tensão crescente, analistas veem risco de uma nova ruptura nas conversas comerciais, que vinham avançando desde setembro. Enquanto Trump reforça seu discurso de firmeza contra a China em meio ao cenário eleitoral americano, Pequim mantém o tom de cautela, mas demonstra estar pronta para responder na mesma intensidade.
Pequim reagiu neste domingo (12) à ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar novas tarifas de 100% sobre produtos chineses. O governo chinês prometeu adotar “contramedidas resolutas” se Washington cumprir a promessa, em mais um capítulo da crescente tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo.
A escalada ocorre após a China anunciar, na semana passada, uma série de restrições à exportação de minerais de terras raras — insumos estratégicos para a produção de semicondutores, equipamentos eletrônicos e veículos elétricos. A medida foi vista por analistas como uma resposta indireta às sanções americanas impostas nos últimos meses.
“Recorrer a ameaças de tarifas altas não é a maneira correta de se envolver com a China”, afirmou um porta-voz do Ministério do Comércio chinês, nos primeiros comentários oficiais após o anúncio de Trump. “Se os EUA persistirem em agir unilateralmente, a China tomará medidas correspondentes para salvaguardar seus direitos e interesses legítimos. Não queremos uma guerra tarifária, mas não temos medo de uma”, completou.
As declarações aumentaram a incerteza nos mercados internacionais e derrubaram bolsas na Ásia e nos Estados Unidos, em meio ao temor de uma repetição da guerra comercial de 2024, quando tarifas sobre importações entre os dois países chegaram a ultrapassar 120%.
Trump justificou as novas medidas dizendo que a decisão de Pequim sobre as terras raras foi “extremamente hostil” e uma “vergonha moral nas relações com outras nações”. O republicano também sugeriu que poderia cancelar o encontro previsto com o presidente chinês, Xi Jinping, nas próximas semanas, na Coreia do Sul.
O Ministério do Comércio da China, por sua vez, classificou as restrições às exportações como uma “ação legítima” e acusou os EUA de “padrões duplos”. Segundo o órgão, Washington há anos amplia controles de exportação e impõe sanções unilaterais que prejudicam empresas chinesas e “minam a atmosfera das negociações econômicas e comerciais bilaterais”.
Especialistas afirmam que as medidas chinesas espelham, em parte, a estratégia americana de restringir o acesso da China a tecnologias críticas, especialmente na área de semicondutores. As novas regras de Pequim ampliam a lista de minerais sob controle e limitam seu uso no exterior, incluindo em aplicações militares e eletrônicas avançadas — o que pode afetar cadeias globais de suprimentos e pressionar indústrias dependentes desses materiais.
Com a tensão crescente, analistas veem risco de uma nova ruptura nas conversas comerciais, que vinham avançando desde setembro. Enquanto Trump reforça seu discurso de firmeza contra a China em meio ao cenário eleitoral americano, Pequim mantém o tom de cautela, mas demonstra estar pronta para responder na mesma intensidade.