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quinta-feira, 18 de abril, 2024
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Com altas no preço, arroz já é vendido com limitação em mercados da capital

O arroz tem se tornado assunto principal de norte a sul em Campo Grande. Um dos vilões da cesta básica dos brasileiros tem sido o arroz, tanto que virou até meme na internet. Será que o nosso prato do dia a dia, o tradicional “PF”, está comprometido? O assunto é sério e já tem mercado limitando a venda de sacos de arroz por pessoa, refletindo no consumo do dia-a-dia do campo grandense que já sofre com a economia abalada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).

Consumidores entraram em contato com a redação do EnfoqueMS e relataram que atacarejos e supermercados de Campo Grande estão limitando o produto. Os clientes podem apenas comprar seis unidades de cinco quilos. Também houve reclamações em relação aos preços, que dispararam. Nestes locais, o pacote de arroz é encontrado entre R$ 18,99 a 25,99.

Depois da chuva de reclamações sobre os preços do arroz o Procon-MS (Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor) quer saber porque item básico da cesta mensal das famílias subiram tanto.

O órgão notificou 12 supermercados de Campo Grande, sendo sete da rede Fort Atacadista, três da rede Assaí e dois da rede Atacadão. Os estabelecimentos têm 10 dias após para enviar explicações sobre a elevação nos preços.

Em contato com o superintendente do Procon/MS Marcelo Salomão, relatou que o órgão de proteção ao consumidor está tomando as medidas para combater esse tipo de crime, e se for constatado a empresa irá ser notificada, pois perante o Código de Defesa do Consumidor, não é permitido restringir quantidade de alimentos, ao menos que a empresa se encontra com dificuldade para conseguir estoque.

Segundo Salomão, o artigo 39 do Código prevê que “é vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos”.

Salomão ainda reforçou sobre as responsabilidades do Procon. “Muitas pessoas acham que o Procon é quem colocas os preços, ele não é um órgão regulador de preços sua a principal atividade do é simplesmente fiscalizar e punir sobre o aumento”

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu “patriotismo” aos supermercados para segurar os preços de itens da cesta básica. “Estou pedindo um sacrifício, patriotismo para os grandes donos de supermercados para manter na menor margem de lucro”, disse. Mas não foi o que se viu por aí.

Os representantes dos supermercadistas, por sua vez, alegam ser somente intermediários entre o fabricante e o consumidor final. Os aumentos aconteceram em cadeia. A Abiarroz (Associação Brasileira da Indústria do Arroz) informou ao portal Uol que as indústrias compraram o grão dos produtores com valor 30% mais caro em agosto.

E não há previsão de queda nos preços. Isso porque outros fatores explicam o aumento, a alta do dólar favoreceu a exportação e durante a pandemia, o consumo do cereal também cresceu, explicam os especialistas na cadeia produtiva. É a chamada lei da oferta e da procura.

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