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segunda-feira, 23 de junho, 2025
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Com aprovação recorde, Riedel prega reformas e avalia cenário político de 2026

Tucano afirma que não há margem para novos aumentos de impostos, prega corte de gastos públicos e aponta a aliada Tereza Cristina como nome viável à Presidência da República

Último representante do PSDB a comandar um estado brasileiro, o governador Eduardo Riedel (MS) chega ao terceiro ano de mandato com índices de aprovação que ultrapassam os 75%, segundo pesquisas recentes. No comando de Mato Grosso do Sul, considerado hoje o principal reduto político dos tucanos, Riedel comemora os bons resultados econômicos impulsionados pelo agronegócio e pelo turismo, além de reforçar a aposta em parcerias público-privadas (PPPs) como motor para o desenvolvimento regional.

Em entrevista à revista Veja, o governador destacou a relação institucional com o governo federal, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Riedel afirmou conseguir separar a postura crítica, típica da oposição, da agenda “propositiva” que Lula tem encaminhado ao estado. Ainda assim, não poupou críticas à política fiscal do Planalto. “O Brasil veio resolvendo seu problema fiscal em cima de aumento de tributos e acredito que não há mais espaço para isso. Precisamos liderar uma agenda de reformas, de reestruturação do gasto, para poder resolver o problema fiscal”, disse, citando como exemplo negativo o recente aumento do IOF.

Politicamente, Riedel tem sido cortejado por diferentes legendas. PSD, PL e Progressistas — este último com a presença de sua aliada de longa data, a senadora Tereza Cristina — são alguns dos partidos que buscam atrair o governador. Questionado sobre uma possível mudança partidária, Riedel evita respostas diretas, mas reconhece que está “conversando e ouvindo a todos”.

Mesmo com o fracasso da tentativa de fusão entre o PSDB e o Podemos, o governador afirma ver espaço para novas articulações no campo da centro-direita. “O PSDB está em um caminho de consolidação de conversas com outros partidos que pode resultar numa força política importante. É fundamental que haja diálogo com partidos do mesmo espectro ideológico, que venham a colocar uma nova força política no cenário político brasileiro”, afirmou.

Ao projetar o cenário para 2026, Riedel avalia que, mesmo inelegível, o ex-presidente Jair Bolsonaro seguirá como uma liderança de peso no campo da centro-direita. Sobre possíveis nomes para a disputa presidencial, o governador mencionou a possibilidade de uma chapa encabeçada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ou até pela própria Tereza Cristina. “A Tereza é uma candidata a presidente da República, é um possível nome. Um nome nacional altamente qualificado, preparadíssima e que está dando uma grande contribuição para o Brasil. Tem todas as condições de assumir qualquer candidatura numa majoritária nacional, seja para presidente, seja para vice, seja o que for”, concluiu.

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