Lançado há menos de um mês, o programa Carro Sustentável, do governo federal, já começa a impactar o mercado automotivo. De acordo com dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), as vendas de modelos 1.0 cresceram 13% em julho em relação a junho, e 11,35% na comparação com julho de 2024.
As informações foram apresentadas neste sábado (2), pelo presidente da Fenabrave, Arcélio Alceu dos Santos Junior, ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, durante visita a concessionárias em Brasília.
Preço mais baixo e mercado aquecido
O programa tem como principal atrativo a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para carros mais leves, econômicos e sustentáveis, produzidos no Brasil e com alta eficiência energética. Para alguns modelos, a isenção total do IPI permitiu cortes de até R$ 13 mil no preço final, o que animou consumidores e aqueceu as vendas nas concessionárias.
“O programa é um sucesso. O presidente Lula zerou o IPI. E as montadoras também ajudam com um bom desconto. É a indústria e o comércio no Brasil gerando emprego e renda para a população”, declarou Alckmin, ao visitar uma revendedora da Fiat.
Casos concretos
Na concessionária visitada, os números falam por si: as vendas do modelo Argo saltaram de 40 para 76 unidades, enquanto o Mobi teve crescimento de 25 para 40 unidades em apenas um mês. O gerente da loja relatou que o movimento no salão praticamente dobrou em julho, refletindo o novo interesse do consumidor pelos veículos de entrada.
Alckmin também esteve em concessionárias da Renault e da Chevrolet neste sábado e, em visitas anteriores, conheceu de perto as estratégias da Volkswagen e da Hyundai diante do novo cenário.
IPI Verde como referência
O Carro Sustentável integra a política do chamado IPI Verde, que premia veículos mais sustentáveis com alíquotas reduzidas ou zeradas. A medida reforça o compromisso ambiental do país e, segundo Alckmin, torna o Brasil um “exemplo no ano da COP30”, que será sediada em Belém, em 2025.
Além de estimular o consumo e renovar a frota brasileira, o programa também promove a indústria nacional, impulsionando empregos e a cadeia produtiva automotiva em diversos estados. Montadoras já credenciaram cinco modelos com versões contempladas pela nova política.
O governo avalia os primeiros resultados como positivos e já estuda formas de expandir o programa para alcançar mais faixas de público e incentivar ainda mais a produção de veículos sustentáveis no país.
