Com 1.845 focos de queimadas na região de Corumbá, brigadistas entram no quarto dia de combate ao fogo que se alastra na região pantaneira do Jatobazinho, ameaçando a sede da Escola Jatobazinho. As aulas da escola são do ensino central da ONG Acaia Pantanal, que atua em parceria com a Prefeitura de Corumbá, localizada na região da Serra do Amolar.
O município continua sendo o líder no ranking de queimadas no Brasil por município. Já são quase dois mil focos de janeiro à junho deste ano. A cidade registra um total de 1.819 focos de queimadas. Poconé, no Mato Grosso, aparece com 410 focos. E nas últimas 48h foram registrados 35 focos de incêndios. Corumbá também aparece na ponta, quando lidera o ranking de queimadas em todo o Brasil.
De acordo com site Diário Corumbaense, o incêndio já consumiu 50 mil metros². Brigadistas estão atuando no fim do incêndio desde quinta-feira (2), e procurando uma estratégia para conter o aumento do fogo.
“Já foram consumidos em torno de 5 a 10 hectares e o fogo ainda oferece risco de chegar até a escola, que está sem aulas, devido a pandemia do novo coronavírus. Também percebemos que o incêndio se encontra em uma área de difícil acesso e estamos avaliando a contratação de mais brigadistas”, disse Rabelo informando ainda sobre o Corpo de Bombeiros. “Dois militares da corporação estão sendo aguardados para avaliar se haverá a necessidade do reforço para conter o incêndio”, disse o coronel aposentado da PM, Ângelo Rabelo, do Instituto Homem Pantaneiro (IHP).
Brigadistas seguem no combate ao fogo e trator que era aguardado já chegou na região. Ao todo, seis brigadistas enviados pelo IHP trabalham na combate às chamas.
Ainda de acordo com o Diário Corumbaense, o fogo teria sido controlado na tarde de ontem, mas voltou a ganhar proporção durante à noite. O incêndio se concentra em uma área úmida, porém o vento é um dos fatores que contribuem para que as chamas se alastrem de forma intensa e rápida.
A Polícia Militar Ambiental (PMA) esteve fazendo operação nessas duas últimas semanas na região. Ocorrência de extração de mel que deu origem a alguns focos na região foi constatada. Também, de gente tirando madeira e para limpar a área, atearam fogo. Nessa área da queimada não há atividades de pecuária e fazenda ativa.