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quarta-feira, 24 de abril, 2024
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Com sabores que lembram à infância, Picolé in Casa nasceu na pandemia com foco no delivery

Você se lembra da buzina do picolezeiro na rua? Ou do sabor da ‘moreninha’ com calda crocante por fora e sorvete cremoso por dentro? Uma lembrança saborosa, não é mesmo! Mas, se antes da pandemia já era raro vermos esses profissionais ambulantes pelas ruas de Campo Grande, agora é ainda mais complicado.

Mas, na crise também é possível encontrar novas possibilidades e se reinventar no mercado. Foi o que fez o jovem Matheus Abreu de 25 anos, que após perder o emprego em um fábrica de picolé teve a ideia de revender sorvetes com foco na entrega diretamente na casa do cliente (delivery).

“Eu trabalhava já há cinco anos em uma fabrica de picolés, porém a empresa fechou as portas cerca de 20 dias antes da pandemia. Eu fiquei desempregado e comecei a trabalhar com marketing digital e conheci um rapaz que era dono de uma fábrica de picolés. Foi então que em uma conversa conversa com meu amigo (e antigo dono da fábrica onde eu trabalhava), tivemos a ideia de criar um delivery de picolés. De inicio, o rapaz nos emprestou um frezeer pequeno e compramos R$ 250 em picolés de sua fábrica. Para nossa alegria e surpresa, o estoque acabou em menos de duas horas”, conta Matheus.

Foi então que nasceu o Picolé In Casa, no dia 18 de abril deste ano, sem grandes pretensões mas com certeza para a alegria dos campo-grandenses. “Vimos que a ideia tinha potencial e nos organizamos para dar sequência ao projeto. Hoje temos três freezeres grandes só de picolé e um outro freezer lotado de moreninhas. Nós não temos uma fabricação, somos multimarcas e ajudamos também pequenas sorveterias que não tinha distribuição em meio à pandemia. Então, temos três parceiros que nos fornecem picolés de fruta, de leite, picolés recheados e as moreninhas”, explica o jovem empreendedor.

A empresa é totalmente delivery e investe principalmente nas redes sociais. Para Matheus, o diferencial está na qualidade dos produtos e também no atendimento. “Os picolés são escolhidos a dedo, desde o processo de fabricação e de higiene principalmente. Nosso foco é um produto saboroso com um preço extremamente acessível. Prezamos muito pela excelência no atendimento, entendemos que seja um ciclo, ao receber o primeiro contato com o cliente, auxiliando na escolha dos produtos, na entrega rápida e na simpatia dos entregadores, que acaba sendo nosso único contato físico com nossos clientes”, comenta.

Além do sabor, o Picolé In Casa também é amor. Cada encomenda que sai para a entrega leva um bilhetinho escrito a mão com uma mensagem de motivação. “Modéstia parte, recebemos elogios diariamente, tanto dos produtos, quanto ao atendimento do entregador e do atendente pelo WhatsApp. Nós chamamos as frases de dica do dia, como por exemplo a de ontem (31) que foi: não importa o que você decidiu. O importante é que isso te faça feliz” relata Matheus.

Ficou com vontade? Para fazer o pedido é simples. Os meninos recebem pedidos pelo Facebook (/picoleincasa), Instagram (@picoleincasa) e principalmente pelo WhatsApp (67) 98192-7645. Vale ressaltar que a entrega é gratuita até 6 km do local de distribuição.

“Trabalhamos com mais de 30 sabores a partir de R$1 real, entre picolé tradicional, picolé recheado e moreninhas. Nossos queridinhos são chocolate belga, ninho com morango e moreninha de chocolate. Temos também combos promocionais, mas o nosso carro chefe é a caixa com 25 picolés fruta/leite (a escolha do cliente) por R$ 25,00”, diz.

É assim que não só o Matheus, como também seus parceiros vão driblando à crise. “Não trabalhamos com marcas famosas. São todos marcas de pequenas sorveterias. E se não fosse pelo delivery, muitas empresas teriam fechado, assim como muitas pessoas que perderam seus empregos. Inclusive nós, que nascemos por conta da pandemia”, finaliza.

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