A Bolívia será o último adversário do Brasil nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. Ainda com chances de alcançar a repescagem intercontinental, a seleção comandada por Óscar Villegas precisa vencer o duelo da próxima terça-feira (9), em El Alto, para manter vivo o sonho de voltar a um Mundial após 32 anos.
Apesar da derrota por 3 a 0 para a Colômbia na rodada passada, o treinador assegura que o grupo segue confiante. “O ânimo do time está muito alto e vamos buscar a classificação ganhando do Brasil”, disse Villegas.
A proposta boliviana passa por intensidade nos primeiros minutos e transições rápidas, explorando a altitude como fator de desgaste físico para os adversários. Contra seleções mais fortes, como a brasileira, a estratégia prevê reforço defensivo, com laterais fechando o meio e contra-ataques velozes. “Quando você encontra jogadores como Luis Díaz, Richard Ríos e James Rodríguez percebe as diferenças”, admitiu o técnico.
A convocação mistura experiência e juventude. O goleiro Carlos Lampe, do Bolívar, é um dos líderes do elenco. A defesa conta com Diego Arroyo, do Shakhtar Donetsk, e Efraín Morales, do Montreal. No meio, Gabriel Villamil (LDU) e Miguel Terceros (América-MG) representam a renovação. No ataque, a aposta está no jovem Moisés Paniagua, de 18 anos, ao lado de Carmelo Algarañaz e Enzo Monteiro.
Ofensivamente, a Bolívia aposta em lançamentos longos e na chegada de meias como Henry Vaca e Juan Carlos Arce, embora ainda sofra com a falta de efetividade e dependa de bolas paradas para criar chances.
Após 17 partidas, a equipe ocupa a oitava posição na tabela, com 15 gols marcados e 35 sofridos, o que a coloca como a defesa mais vazada da competição. Para seguir com chances, além da vitória contra o Brasil, os bolivianos terão que torcer por tropeços da Venezuela. “O jogo será incômodo, mas fizemos ajustes pensando no Brasil e acreditamos que podemos buscar a vitória”, afirmou Villegas.
