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sábado, 2 de agosto, 2025
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Contra tarifaço de Trump, entidades organizam protestos em seis capitais brasileiras

Os atos ocorrerão em frente a prédios que representam o governo dos EUA

Movimentos sociais de esquerda preparam manifestações em todo o país para a próxima quinta-feira, dia 1º de agosto, data marcada para a entrada em vigor da sobretaxa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. Os atos, convocados por entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE), Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, terão como principal bandeira a defesa da soberania nacional.

As manifestações ocorrerão em frente a prédios que representam o governo americano no Brasil. A UNE confirmou protestos nas sedes dos consulados dos EUA em São Paulo e no Rio de Janeiro, além da Embaixada Americana em Brasília. Em outras capitais, como Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre, os atos também estão programados.

A UNE afirmou, em nota, que o aumento de tarifas representa um ataque à economia brasileira e reforçou o alinhamento do ex-presidente Jair Bolsonaro com o que classificou como “uma rede global pautada na política imperialista”. A entidade cita a decisão de Trump como um reflexo dessa aliança. “Mesmo após a derrota eleitoral, o bolsonarismo segue organizado e alinhado a uma política de ataque à soberania dos povos”, diz o texto de convocação.

Em Salvador (BA), o protesto será às 15h no Campo Grande. Já em São Paulo, a concentração será às 10h no Consulado dos EUA. No Rio de Janeiro, o ato está marcado para as 18h, também em frente ao consulado. Em Brasília, o encontro está agendado para as 9h diante da embaixada. Porto Alegre (RS) terá ato às 18h na Esquina Democrática, e Belo Horizonte (MG) às 17h na Praça Sete.

O clima entre os governos brasileiro e norte-americano se acirrou após Trump publicar uma carta pedindo o fim do julgamento de Bolsonaro. No documento, o ex-presidente americano disse que “o modo como o Brasil tem tratado Bolsonaro é uma desgraça internacional” e classificou o processo como “uma caça às bruxas”.

Como resposta, o governo dos EUA suspendeu os vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o que gerou reações no meio jurídico e político. Na última sexta-feira (25), a Faculdade de Direito da USP sediou um ato em defesa da soberania nacional, com a participação de mais de 250 entidades da sociedade civil.

As manifestações de 1º de agosto prometem ampliar a mobilização contra o chamado “tarifaço” e reforçar o debate sobre a autonomia do Brasil diante de pressões externas.

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