14/03/2016 14h30
Contribuições dos investigadores do Testes Públicos de Segurança serão aplicadas para as Eleições 2016
A 3.ª edição do Teste Público de Segurança (TPS) foi encerrada no dia 10 de março. Agora, todas as contribuições apontadas pelos investigadores terão o foco da equipe do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para contornar eventuais falhas antes das eleições do dia 2 de outubro de 2016.
“Nosso objetivo é identificar as potenciais fragilidades e já saná-las para as eleições de 2016. O teste acontece justamente com esse período de antecedência que nos dá tempo hábil para fazer as devidas correções”, assegurou o secretário de Tecnologia de Eleições do TSE, Giuseppe Janino.
Os investigadores continuam executando seus planos de ataques à urna eletrônica e, após o encerramento, farão um relatório com os eventuais êxitos alcançados e os procedimentos adotados. “Uma vez identificada alguma inconformidade durante os testes de segurança, nós vamos receber esse relatório, que é, inclusive, de conhecimento público, nada é sigiloso, e nossas equipes técnicas vão começar a trabalhar com esse foco. Temos grupos específicos que atuam com determinadas disciplinas do processo e vão analisar a fragilidade e buscar soluções”, explicou o secretário.
Soluções
As equipes vão buscar soluções baseadas na análise crítica de cada uma delas e, posteriormente, os hackers investigadores serão convocados novamente para testar a eficácia da solução corretiva adotada pelo TSE.
Ainda nesse primeiro momento dos testes, ao entregar o relatório, os próprios investigadores podem apresentar sugestões que solucionem as eventuais falhas encontradas. “Caso não apresente, nós teremos que investigar soluções para sanar. É uma parceria muito democrática e que torna o processo transparente. O investigador que está aqui não é um adversário, ele é um parceiro nosso. Isso contribui muito para o resultado final de todo o trabalho”, enfatizou Giuseppe.
O TPS é uma evidência do compromisso com as eleições e também uma forma eficaz de melhoria da democracia colaborativa e eficiente, onde cada cidadão contribui com o processo eleitoral.
Avanços alcançados
O modelo de urna que será utilizado nas eleições deste ano, por exemplo, já traz algumas soluções que foram conquistadas a partir dos testes anteriores. Nas duas primeiras edições foram realizados 20 planos de ataques. Uma dessas propostas foi captar as ondas eletromagnéticas, a frequência de cada tecla pressionada no teclado da urna, e colocar no receptor para identificar cada uma dessas ondas com o objetivo de reconhecer qual número estava sendo digitado na urna. Ou seja, a intenção era quebrar o sigilo do voto. Ele alcançou êxito com essa iniciativa a uma distância de 12 centímetros da urna, colocando um receptor. Nesses casos, a essa distância, ficaria mais fácil visualizar a tela do que receber o áudio.
Assim, houve a necessidade de aprimoramento do projeto de engenharia da urna, por isso foi realizado uma blindagem do teclado e criptografia das informações digitadas. Esse é um pequeno exemplo de contribuição.
Da Agência CNM, com informação do TSE
