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sexta-feira, 19 de abril, 2024
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Covid entre povos indígenas de MS tem queda de 65% nos casos e 63% nas mortes

O Mato Grosso do Sul, que tem uma das maiores populações indígenas do Brasil, também tem conseguido vencer a Covid 19 neste grupo. O Estado teve um certo problema na vacinação inicial dos Índios, devido a desconfiança nos ‘remédios do homem branco’, que sempre é vista com receio e que foi agravada com a criação de fakes news sobre produto. E com ou elas ou por meio das noticias falsas, curiosamente, os indígenas ouviram muito a intervenção religiosa de fora, de pastores evangélicos Neo-pentecostais, que induziram os aldeiados a não tomarem o imunizante.

Contudo, com o trabalho de lideranças e das forças de Saúde, se inverteu o problemas e se aplicou a vacina contra o coronavirus, que hoje mostra resultado na queda de 65% dos casos e baixa de 63% nas mortes da população indígena de MS. Assim, um dos grupos prioritários da campanha de imunização, o povo indígena no Estadoi, vivencia momento de queda acentuada dos casos confirmados de Covid-19 e de óbitos atribuídos à doença.

O boletim epidemiológico divulgado nesta segunda-feira (4), pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), mostram dados específicos sobre as comunidades tradicionais, que em setembro contabilizou 4.336 diagnósticos e 145 mortes. O documento detalha ainda que um mês antes, em agosto, a Covid, havia tido 12.619 casos confirmados e causado 396 mortes de indígenas em território sul-mato-grossense. No comparativo entre esses dois meses, a redução é 65,6% nos casos positivos e de 63,4%, nos óbitos.

Quanto ao perfil das pessoas diagnosticadas com a doença em setembro, 2.380 (54,9%) são do sexo feminino e 1.957 (45,1%) masculino. Já os óbitos por Covid-19 entre indígenas vitimaram sobretudo homens em setembro. Foram 78 óbitos (53,8%) no sexo masculino, ante 67 (46,2%) no feminino.

Dourados

Dos municípios sul-mato-grossenses, Dourados, que até agosto concentrava o maior número de casos confirmados do novo coronavírus entre indígenas, teve redução de 64,7% nos diagnósticos entre agosto (669) e setembro (236).

Porém, o município que concentra a maior reserva indígena urbana do país, habitada por aproximadamente 17 mil pessoas, não conseguiu reduzir o número de óbitos causados pela doença, 12 em cada mês (agosto e setembro). 

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