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sexta-feira, 29 de março, 2024
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Demandas externa e interna durante pandemia colaboraram para aumento de safra no Estado, diz presidente da Famasul

Maurício Saito ressaltou que Federação se adaptou as necessidades trazidas pela pandemia

Em entrevista exclusiva ao Enfoque MS, o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Mauricio Koji Saito, analisou os impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) na produção do Estado. Saito destacou o aumento na safra graças as demandas internas e externas, além das transformações necessárias para a continuidade da produção e abastecimento de alimentos nas casas brasileiras.

Questionado sobre como avalia o desempenho dos produtores sul-mato-grossenses, Saito ressaltou que a alta do dólar contribuiu para o aumento da comercialização. “A pandemia da Covid-19 trouxe grandes transformações, em diferentes níveis, para praticamente todos os setores econômicos de Mato Grosso do Sul, como serviços, indústria e agropecuária. Neste cenário, a alta cambial tornou os produtos brasileiros mais competitivos no mercado externo, impulsionando a comercialização de importantes produtos do agro sul-mato-grossense, como celulose, grãos e proteínas. As demandas externa e interna aquecidas contribuíram para a expansão da produção do Estado, como soja e milho, ampliando as expectativas dos produtores e impulsionando o desenvolvimento do setor no estado.

Entre os desafios do campo ao longo de 2020 e continuando em 2021, o presidente ressaltou que além de trazer benefícios a alta da moeda norte americana também encareceu os insumos. “Houve muita resiliência da pecuária e da agricultura. A valorização do dólar amplia a competitividade de nossos produtos, mas por outro lado, encarece insumos. Superar esses desafios só está sendo possível graças às instituições de pesquisa públicas e privadas, e ao perfil empreendedor de nossos produtores rurais, que buscam conhecimento técnico, análises de mercado, investem em tecnologia e inovação, para produzir mais, melhor e com sustentabilidade”.

Sobre as mudanças que a federação fez para melhorar o atendimento, Saito destacou que o sistema foi reestruturado com uso da tecnologia, em reuniões e cursos por meio remoto. “Foi essencial para preservar os resultados alcançados e avançar com as metas propostas para cada propriedade. Também iniciamos projetos que já estavam previstos, mas que passaram por uma aceleração devido à pandemia, como o lançamento da Plataforma EAD Senar/MS, e realização de lives técnicas com transmissão nas nossas plataformas digitais, sobre desafios e oportunidades das principais cadeias produtivas do Estado”.

Saito destacou ainda o projeto do Governo do Estado de levar energia elétrica ao Pantanal e buscar o desenvolvimento na região. “A chegada da energia no Pantanal sul-mato-grossense será crucial na manutenção e desenvolvimento das atividades produtivas da região. A iniciativa, que tem previsão de atender a mais de 2 mil consumidores até 2022, vai ampliar as oportunidades de produção e produtividade no bioma – o mais preservado do Brasil – além de melhorar a qualidade de vida da população, gerando emprego e renda”.

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