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quarta-feira, 4 de dezembro, 2024
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Dia do panificador: Histórias de quem seguiu profissão para trazer sabores especiais ao Mato Grosso do Sul

A jornada que começa no campo com o trigo e termina com o pão quentinho na mesa dos brasileiros passa por um agente essencial: o panificador. Nesta segunda-feira (08)  é comemorada a data desse profissional, e o Senar Mato Grosso do Sul conta a história daqueles que participaram do curso “Produção de Pães e Salgados” e converteram paixão e técnica em negócio de vida e sustento.

No estado, desde 2019, foram mais de 500 capacitações que ensinam a produção de pães e salgados, com 5.545 alunos participantes. Dentre elas está Adriana Oliveira, responsável por uma empresa de culinária em Três Lagoas, a Nativos do Cerrado. Ela realizou o curso com o objetivo de dar um novo destino às hortaliças, atividade que já trabalhava.

“Somos do assentamento Pontal do Faia, onde temos uma horta comercial, e alguns produtos não sabíamos exatamente o que fazer para processar, e tinha muito desperdício. Começamos a procurar um meio de fazer um reaproveitamento, fizemos cursos de doces, temperos e conservas, e surgiu a oportunidade de fazer o de panificação”, relembra Adriana.

De turismo rural a coffee breaks

Após o aprendizado, Adriana começou a atender empresas locais com coffee breaks e resolveu abrir a propriedade para o turismo rural. “Nós abrimos a propriedade, uma vez por mês, para fazer um café da manhã típico da área rural, com os produtos agroecológicos. Temos pães, doces, roscas, geleias e sucos. Todos são produtos naturais, que aprendemos no curso de panificação”, relata a empreendedora.

Dia do panificador: Histórias de quem seguiu profissão para trazer sabores especiais ao Mato Grosso do Sul
Café da manhã produzido pela Nativos do Cerrado, foto cedida por Adriana Oliveira.

O cerrado presente no nome do negócio carrega o objetivo de valorizar o que está presente no bioma que compõe o estado. E é assim, que surgiram receitas diferenciadas, como pães de mandioca, cenoura, abóbora e couve que, segundo Adriana, é um dos mais pedidos. 

Ela ressalta que o curso trouxe resultados positivos para o negócio. “Tem nos proporcionado muita alegria, porque com a descoberta dessa parte de panificação, bolos e tortas, incrementamos os produtos da horta. O pessoal vem conhecer a propriedade, o turismo rural e ver o que é produzido”.

Sabor de recomeço

Para Glaucimar Martinez Morinigo, de Antônio João, a panificação foi o caminho para recomeçar. Viúva e com a filha, ela buscava por uma fonte de renda. A prima havia enviado uma receita de esfirras, mas faltava mais conhecimento sobre o assunto. Foi assim, o começo da sua trajetória na área.

“Eu tenho bastante conhecido aqui, já estava tentando salgados e pães. Por isso, uma amiga me ligou, dizendo que teria o curso e perguntou se eu queria participar. Foi coisa de Deus, porque era longe da minha casa, mas outra pessoa iria fazer e me deu carona. Lá fui eu”, relembra Glaucimar.

Dia do panificador: Histórias de quem seguiu profissão para trazer sabores especiais ao Mato Grosso do Sul
Glaucimar realizando o curso do Senar/MS, (Foto cedida pela Glaucimar)

Após a capacitação e os conhecimentos adquiridos, surgiu o “Gostosuras da Glau”, seu negócio e fonte de renda. “Esses cursos são maravilhosos para pessoas que buscam melhoria, são gratuitos e com uma riqueza muito grande. Hoje, eu agradeço a Deus pela oportunidade de ter feito, e quero fazer mais. Com tudo que aprendi hoje, estou trabalhando e me sinto abençoada, por fazer o que eu gosto “, conta.

A cada receita, Glaucia sente o sabor do recomeço da sua história. “Quando termino de assar os pães e vejo como estão lindos, me sinto maravilhosa. E quando ganho um elogio sobre o que eu faço, me sinto mais forte e vejo o quanto me tornei melhor”.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul 

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