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quinta-feira, 25 de abril, 2024
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Distribuição de doses de vacina contra convid aos estados começa nesta segunda (18)

Ministro da Saúde criticou uso político das vacinas contra a covid-19 e afirmou que envio será realizada de forma proporcional 

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, concedeu entrevista coletiva, neste domingo (17), para falar sobre a aprovação de uso emergencial das vacinas de Oxford e da CoronaVac. Direto do Into (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia), no Rio de Janeiro, o chefe da pasta anunciou a data de início do PNI (Plano Nacional de Imunização) contra a doença, que deve começar no dia 20 de janeiro, às 10h.

“Determinei imediatamente após a aprovação da Anvisa que o departamento de logística faça a distribuição específica para cada estado e o Distrito Federal. Considerando o nosso cronograma, amanhã, às 7h, iniciaremos a distribuição das doses para todos os estados, com o auxílio do Ministério da Defesa”, disse. 

O ministro também criticou o que ele classificou como “uso político” das vacinas. Pazuello disse que o Ministério da Saúde já está com as doses em mãos e que poderia ter realizado a primeira vacinação do Brasil. No entanto, decidiu respeitar o que foi “pactuado com os governadores.” 

“Não faremos jogada de marketing. O governo federal determinou que o Plano Nacional de Imunização seja executado pelo Ministério da Saúde. Esse plano já foi apresentado ao STF (Suprema Tribunal Federal), lançado no Palácio do Planalto, com todos os estados. Quebrar essa pactuação é desprezar a igualdade entre todos os estados e brasileiros”, completou.

De acordo com o cronograma do governo, os imunizantes serão distribuídos considerando os grupos prioritários e a proporção de cada estado. O planejamento foi preparado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, considerando “todas as hipóteses e cenários.” 

Situação no Estado

Mato Grosso do Sul, que já teve 2,6 mil mortos pela doença e mais de 150 mil contágios, tem público a vacinar estimado em 890 mil pessoas.

Na última semana, o Estado lançou o Plano Estadual Conjunto de Distribuição de Imunizantes e Insumos contra a Covid-19, que prevê a logística para levar a vacina a todos os municípios do Estado. A previsão é de que todo o processo de entrega nos 78 municípios do interior será realizado em um único dia.

Serão utilizados na logística de distribuição, viaturas da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar em apoio a Coordenadoria Estadual de Vigilância Epidemiológica. A previsão é que Mato Grosso do Sul receba 1,7 milhão de doses para aplicar as duas doses em 890,6 mil pessoas do grupo de risco.

No mesmo sentido, a prefeitura de Campo Grande já tem uma estratégia de vacinação praticamente definida, mas ainda faltam algumas informações para determinar como será feita a vacinação num primeiro momento. A expectativa é de que um edital seja publicado na segunda-feira (18) com a quantidade de doses que serão enviadas para cada cidade.

O secretário municipal de saúde de Campo Grande, José Mauro, acredita que o município deve receber de 30 mil a 40 mil doses da vacina.

Anvisa aprova uso emergencial de vacinas

No dia 11 de janeiro, Pazuello afirmou que a vacinação começaria “no dia D, na hora H”. Em pronunciamento na cidade de Manaus (AM), o ministro ressaltou que as primeiras doses aos estados e municípios poderiam ser distribuídas entre três e quatro dias após a liberação da Anvisa. 

A Anvisa concedeu nesta tarde autorização para uso emergencial das vacinas de Oxford e da CoronaVac. São os primeiros imunizantes contra a covid-19 aprovados para uso no país. A decisão foi tomada nos primeiros três votos, a favor, da diretoria, composta por cinco membros.

A vacina de Oxford foi desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e pela farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, e, no Brasil, será produzida pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio de Janeiro. Já a CoronaVac foi desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac e será fabricada pelo Instituto Butantan, em São Paulo.

O uso emergencial vale para um lote de 2 milhões de doses da vacina de Oxford produzida pelo Instituto Serum, na Índia, e 6 milhões de doses da CoronaVac, que já estão em território nacional. Para o uso de outros lotes, será necessária uma nova solicitação.

  • Com informações R7
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