Dois homens armados morreram na tarde desta sexta-feira (5) durante troca de tiros com policiais civis e militares em uma área de mata às margens da linha internacional, no município de Mundo Novo, na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. A ação mobilizou equipes do Setor de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil, do Batalhão da Polícia Militar da região, da Polícia Militar Ambiental (PMA) e do Departamento de Operações de Fronteira (DOF).
Segundo informações da Polícia Civil, a operação teve início por volta das 8h, após denúncia anônima apontar a presença de homens armados em uma região de vegetação próxima à fronteira. Uma varredura foi feita durante aproximadamente três horas, mas os suspeitos não foram encontrados naquele momento.
No entanto, por volta das 14h, uma nova ocorrência na mesma área voltou a mobilizar as forças de segurança. Quatro criminosos armados, inclusive com armas longas, assaltaram um motorista que trafegava em um veículo Meriva branco, levando o carro sob grave ameaça.
Os policiais obtiveram informações de que os autores haviam abandonado o veículo e fugido a pé por uma plantação de milho na região do roubo.
Cerco e confrontos
Diante da situação, um cerco foi montado. As equipes da Polícia Militar e da PMA atuaram na contenção periférica, enquanto os policiais civis do SIG e os militares do DOF fizeram uma varredura detalhada dentro da plantação.
Por volta das 16h50, um dos suspeitos, de 39 anos, foi localizado armado com uma espingarda calibre 12. Ele efetuou um disparo contra os policiais do DOF, que revidaram. Baleado, ele foi socorrido com vida ao hospital da cidade, mas morreu minutos depois.
Logo em seguida, os investigadores do SIG também foram atacados por outro suspeito, que utilizava um revólver calibre .38. Houve novo tiroteio e o homem foi atingido na região do tórax. Ele também foi encaminhado com vida ao hospital, mas morreu após dar entrada na unidade de saúde. Até o momento, o segundo autor ainda não foi identificado oficialmente.
Criminoso tinha histórico extenso e era foragido da Justiça
Conforme apurado, o primeiro suspeito morto no confronto era um criminoso conhecido na região, com mandado de prisão em aberto e classificado como de alta periculosidade.
Ele possuía passagens por porte ilegal de arma de fogo, inclusive por portar uma metralhadora, e era investigado por diversos roubos na faixa de fronteira.
