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segunda-feira, 21 de julho, 2025
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Eduardo Bolsonaro diz que não vai renunciar e desafia STF em meio a investigações

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou neste domingo (20) que não pretende renunciar ao mandato, mesmo com o fim da licença de 120 dias concedida pela Câmara dos Deputados, que se encerra hoje. Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, o parlamentar está morando nos Estados Unidos desde março deste ano, alegando ser vítima de perseguição política.

De acordo com o Regimento Interno da Câmara, a ausência sem justificativa após o prazo pode resultar em processo de cassação por faltas. Durante uma live nas redes sociais, Eduardo declarou que conseguirá manter o mandato por pelo menos mais três meses. “Eu não vou fazer nenhum tipo de renúncia. Se eu quiser, eu consigo levar meu mandato, pelo menos, até os próximos três meses”, afirmou.

No Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado é investigado por suposta articulação com o governo norte-americano para pressionar autoridades brasileiras e tentar obstruir as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022, trama na qual seu pai é réu.

Durante a transmissão, Eduardo voltou a atacar o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, e ironizou a suspensão de vistos de ministros do STF pelo governo Donald Trump. Ele criticou o fato de postagens em redes sociais estarem sendo incluídas como provas na investigação. “O cara que se diz ofendido [Moraes], ele pega e junta no processo que ele abriu. O cara que vai me julgar, ele vai ver o que eu faço na rede social. Então, você da Polícia Federal, que está me vendo, um forte abraço. A depender de quem for, está sem visto”, disse.

O parlamentar também defendeu anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro e afirmou estar disposto a enfrentar as consequências. “É para entender que não haverá recuo. Não é jogar não para ver se depois dá certo, achar um meio-termo. Não estou aqui para isso”, declarou.

Na última sexta-feira (18), Jair Bolsonaro foi alvo de nova operação da Polícia Federal no âmbito do mesmo inquérito. Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, o ex-presidente foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica e está proibido de sair de casa no período entre 19h e 6h. As medidas foram solicitadas após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apontar risco de fuga.

O julgamento de Jair Bolsonaro no STF, por sua suposta participação na tentativa de golpe, está previsto para setembro.

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