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sábado, 20 de abril, 2024
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Em 15 anos, indústria salta do 4º para o 2º lugar em participação no PIB de MS

Balanço setorial apresentado pelo presidente da Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen, aponta que a indústria saltou do quarto para o segundo lugar no rancking de participação no Produto Interno Bruto (PIB) do Estado entre os anos de 2007 a 2019, tendo uma fatia atual de 22% da soma das riquezas estaduais, ou cerca de R$ 20,5 bilhões. A apresentação dos dados faz parte da programação do “Maio – Mês da Indústria” e foi apresentado durante coletiva na manhã desta sexta-feira (20/05) no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande.

De acordo com Longen, a evolução do segmento industrial é motivo de comemoração por parte do empresariado. “Mato Grosso do Sul tem uma situação privilegiada. As oportunidades estão aqui hoje. É um Estado que vem se desenvolvendo a níveis expressivos, e nós da Fiems temos construído suportes para que a indústria fosse a segunda atividade do Estado. Os números positivos nos permitem comemorar esse desempenho”, disse o presidente.

Em sua fala, ele também destacou o novo momento da indústria sul-mato-grossense, marcado pela consolidação e por altas taxas de crescimento. “A indústria vai muito bem. Nesses 15 anos que estou à frente da Fiems, muitos números são motivo até de emoção, quando se compara a indústria de hoje com o que era no passado. Todas as nossas ações têm como foco o fortalecimento e o desenvolvimento das indústrias do Estado”, afirmou.

Setores que mais se destacam nos últimos anos

O presidente da Fiems chamou a atenção para o fato de que, muitas vezes, a sociedade não tem a percepção do real tamanho das indústrias e de sua importância para a economia local. Na apresentação intitulada “Indústria forte – MS em frente”, Longen mostrou os destaques dos segmentos com maior crescimento nos últimos anos.

“Esses números revelam setores que estão em desenvolvimento, que fazem a diferença. São setores que têm gerado muitos empregos, além de demanda nas áreas de pesquisa e inovação. Mato Grosso do Sul hoje vive o emprego pleno. Temos vagas em todas as empresas. O desempregado está nessa condição por algum motivo, que não é por falta de oportunidade”, frisou o presidente.

Processamento de soja e milho

– 5º maior exportador de produtos derivados da soja do país;

– produção estimada de 400 milhões de litros de etanol de milho

Carnes e miudezas bovinas

– 2º estado do país em abates – 3,39 milhões de animais abatidos

– 54 unidades frigoríficas ativas

Carnes e miudezas suínas

– 6º maior exportador do país, com 21 mil toneladas

– 8º maior rebanho suíno, com 1,4 milhão de cabeças

Carnes e miudezas de frango

– 5º maior exportador do país, com receita de US$ 347 milhões

Frigorífico de peixes e demais produtos do pescado

– Maior exportador de filés de tilápia, com 640 toneladas

– criação de tilápias responde por 62% da produção de peixes do país

Produção florestal de eucalipto

– Segunda maior área cultivada do país, com 1,12 milhão de hectares

– Estado responde por 25% da produção nacional de celulose, com 6 milhões de toneladas por ano

Sucroenergético

– Produção diversificada com açúcar, etanol e energia, e 17 usinas em operação

– 4º maior exportador de açúcar, com US$ 403,3 milhões em receitas

Economista destaca poder transformador da indústria

O coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, detalhou os números consolidados do PIB estadual e sua evolução nos últimos anos. Em 2019, segundo dados do IBGE e da Semagro, a soma das riquezas do Estado corresponde a R$ 106,9 bilhões. A participação da indústria é de 22%, com R$ 20,5 bilhões. A indústria foi o segmento econômico que mais aumentou a sua participação no PIB estadual entre 2007 a 2019, saltando da quarta para a segunda posição no ranking.

Nesse período, a indústria sul-mato-grossense fez o caminho inverso, na comparação com a indústria nacional. Enquanto a indústria local aumentou sua participação no PIB estadual de 17% para 22%, a indústria nacional teve sua participação reduzida de 27% para 22%.

“Nossa indústria cresceu muito se beneficiando da agroindustrialização. Quando comparado com o Brasil, tivemos um desempenho melhor. O desafio agora é de promover o maior adensamento dessas cadeias produtivas. Não pode ser diferente, porque a indústria tem um poder transformador onde ela chega, e promove crescimento em todos os setores econômicos”, destacou o coordenador.

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