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sábado, 20 de abril, 2024
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Encerrando o dia especial, professores relatam as alegrias e desafios da profissão

Muitos são os desafios daqueles que tem a sala de aula como palco para uma vida de ensinamentos e aprendizados, porém, engana-se aquele que acha que só de escola e sala de aula se vive um professor. O educador é justamente o oposto desse paradigma, utilizando das mais improváveis situações e condições para disseminar o saber.

Em tempos de pandemia exemplos de desafios puderam ser observados pelo Brasil a fora. Não muito longe daqui na região de fronteira com o Paraguai, uma professora entregava conteúdos escolares por cima de uma cerca de arame aos alunos que residiam do lado paraguaio e ficaram impedidos de entrar na cidade divido ao fechamento das fronteiras.

Provando que a paixão por ensinar não tem barreiras, essa professora fez a diferença para aquele grupo de alunos que em futuro próximo se lembrará daquela docente, que não apenas levou uma tarefa até eles, mas, ensinou na prática que as dificuldades sempre existirão, porém, caberá a cada um enfrentar ou desistir.

Leandro Moreira Farias, de 28 anos, não é um dos mais antigos no ofício, mas já prova em seus primeiros passos como professor o amor em educar. Leandro é educador físico e fez da paixão pelos esportes o combustível para realizar o curso de Educação Física, e detalhe, bacharelado pois objetivo era ser professor.

Encerrando o dia especial, professores relatam as alegrias e desafios da profissão
Leandro Moreira Farias, educador físico. (Foto: Arquivo pessoal)

Atualmente se dividindo em dois períodos e lecionando em duas instituições públicas de ensino, o educador relembra as dificuldades para concluir a tão sonhada formação acadêmica. Após trabalhar por mais de 6 anos em uma rede de supermercados, o jovem resolveu encarar a sala de aula em busca do diploma. Foram quatro anos de empenho e abdicações para então atingir seu objetivo.

Após a conclusão, hora de ser feliz e trabalhar! Nada disso. Até conseguir o posicionamento em uma escola veio mais estudos, os concursos as noites sem dormir para então um belo dia conseguir uma oportunidade. “Para mim que comecei a atuar profissionalmente a pouco tempo, esperava um pouco mais de tranquilidade nas aulas, mas, eu entendo que o período de pandemia pode ter tido sérias consequências, tanto para os alunos, como para nós professores, então aos poucos vamos nos adequando”, diz Leandro.

Animado com as inúmeras possibilidades, o novato, mas já professor em sua essência, espera contribuir para uma vida mais ativa e saudável após o período escolar. “Que eles terminem o ensino médio sabendo da importância de praticar hábitos saudáveis, seja em qualquer prática esportiva”, enfatiza o educador físico, complementando ainda que espera despertar o melhor em cada um de seus alunos.

Com Juliana Solani Tosi Honorato, a carreira na educação já dura mais de 10 anos e, em todo esse tempo a paixão por ensinar sempre foi companheira da “Prof. Ju”, como é carinhosamente chamada por seus pequenos alunos.

Encerrando o dia especial, professores relatam as alegrias e desafios da profissão
Juliana Solani Tosi Honorato. (Foto: Arquivo Pessoal)

Juliana leciona principalmente para crianças do ensino fundamental fase I. Cultivando a admiração pela profissão desde a infância a jovem educadora relata que sempre se imaginou como professora. “Sempre em minhas brincadeiras eu era professora das minhas bonecas”, relembra.

Para ela a conquista do tão sonhado diploma também não foi das tarefas mais fáceis, o sonho de criança acabou ficando para trás, sendo deixado para segundo plano devido as condições. Durante a adolescência trabalhou como babá e já sentia apreço pelo pequenos. “Entrei em uma escolinha para trabalhar na limpeza e a dona me disse que tinha muito jeito para ser professora. Aquilo despertou sonho da infância. Fiz faculdade em outra cidade, era corrido, por muitas vezes cansativo, entretanto, estava disposta a tornar o sonho realidade”.

Hoje, mais de 10 anos depois daquele simples elogio, Juliana esbanja carisma, conquistando seus alunos, que as tem como verdadeira amiga. “Viro um pouquinho de mãe, psicóloga e claro, professora, mas também acolho, percebendo se precisa de óculos, se tem alguma dificuldade e tudo feito com muita dedicação e afinco” diz emocionada.

Juliana ainda relata na prática, como o ato de lecionar e ser referência para uma vida exige de cada professor. “Cada criança ali, com uma história de vida diferente, saber lidar com cada um de uma forma, isso tem me motivado a fazer a diferença na vida de alguém! “

Como profissional, mas, principalmente como ser humano a “Prof. Ju” reafirma o sonho em ser professora diariamente. “Quero contribuir para a vida deles, que se tornem adultos pensantes, criativos, que não se influenciem por qualquer coisa e que se tornem bons cidadãos na vida adulta”.

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