A pandemia do coronavírus que se instalou em 2020 trouxe impactos na saúde, impactos sociais e também grandes mudanças na economia, tanto no Brasil como no mundo.
Cada país sofreu com a dificuldade de se adequar à nova rotina em que as pessoas precisam continuar suas atividades, mas agora cercadas pela ameaça do vírus.
Com isso, muitas adaptações foram feitas no mercado, mas alguns setores se viram sem condições de continuar suas atividades, o que causou desemprego, empresas fechadas e outras situações econômicas para a população. Mas você tem noção de qual foi o impacto real que a economia sofreu com a pandemia?
Nós trouxemos algumas informações importantes sobre o cenário deixado pela pandemia de 2020 para que você possa se informar de tudo que aconteceu e o que foi feito para amenizar estes efeitos. Mais abaixo, você confere também como é possível se blindar destes efeitos que podem se prorrogar para 2021.
Qual foi o impacto da pandemia na economia?
Começando pelo desemprego, os resultados do segundo trimestre de 2020 pelo IBGE mostram uma taxa de 13,1% de desocupação, com um total de 14,1 milhões de desocupados. Ainda segundo o IBGE, 33,5% das empresas reportaram impacto negativo da pandemia sobre seus negócios.
Com relação ao PIB, o valor acumulado de 2020 até o terceiro trimestre de 2020 caiu 5,0% em relação ao mesmo período do ano anterior (2019). Em uma mesma pesquisa, a Agropecuária mostrou crescimento 2,4%, a Indústria veio com queda de 5,1% e o setor de serviços também teve queda de -5,3%.
Com relação à taxa de juros, os valores do início do ano foram de 4,5%, diminuindo para 4,25% em sua primeira reunião do COPOM em 2020 e terminando em 2% (Veja o histórico aqui). O acumulado da inflação no ano de 2020 foi de 4,31%, segundo o IBGE.
Sobre os setores afetados pela economia, o Ministério da Economia divulgou uma lista dos segmentos mais impactados. Veja:
- – Atividades artísticas, criativas e de espetáculos;
- -Transporte aéreo;
- – Transporte ferroviário e metroferroviário de passageiros;
- – Transporte interestadual e intermunicipal de passageiros;
- – Transporte público urbano;
- – Serviços de alojamento;
- – Serviços de alimentação;
- – Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias;
- – Fabricação de calçados e de artefatos de couro;
- – Comércio de veículos, peças e motocicletas.
O que o Governo faz para amenizar os efeitos da pandemia na economia
Dentre as medidas do Governo Federal para amenizar os impactos da economia, uma das mais populares foi a liberação de um auxílio emergencial de 9 parcelas totais, sendo 5 parcelas de 600 reais e outras 4 parcelas de 300 reais, tendo o seu fim em 2020, independente de quantas parcelas cada beneficiário recebeu.
Para chefes de família solteiros, o valor do auxílio emergencial foi o dobro, chegando a 1200 reais, mais 5 primeiras parcelas e 600 reais nas últimas 4. Em todos os casos, quem deixou para solicitar o auxílio de última hora, recebe suas parcelas somente até o fim de 2020, quando o benefício será cortado.
Outro benefício dado ao trabalhador pelo Governo foi a possibilidade de saque do FGTS em caráter emergencial. Anteriormente, era possível sacar parte do valor no mês de aniversário, mas com a pandemia, houve maior flexibilização neste caso.
Já para as empresas, as medidas também foram benéficas e necessárias. Em pesquisa, o IBGE divulgou que 21,4% das empresas em funcionamento adotaram ao menos uma medida com apoio do governo, seja adiando o pagamento de impostos ou utilizando uma linha de crédito emergencial para pagamento da folha salarial.
O que as pessoas fazem para amenizar os impactos da pandemia
A população e as empresas acabam se virando para amenizar os impactos da pandemia, implementando diversas soluções para diminuir estes efeitos. Com isso, muitas empresas acabam evitando demissões ou consequências mais graves, como o fechamento das portas e fim das atividades.
Devemos reconhecer que essa paralisação das atividades decorrente da prevenção contra a disseminação do vírus é muito prejudicial para qualquer empresa ou profissional liberal. Por isso, muitas pessoas acabam optando por outras alternativas, como a adoção de home office, que se tornou atividade muito popular durante a pandemia e pode ser uma tendência nos próximos anos.
O home office, além de proteger o trabalhador, ainda diminui os custos do espaço físico que pode ser utilizado em outros setores da empresa para conter os efeitos da crise na economia.
No entanto, essa medida não parece tão efetiva, já que as empresas não prepararam suas operações para o home office. Ainda assim, a medida provém que a empresa continue produzindo e não corra grandes riscos de fechar ou de falência.
Outras medidas adotadas pelas empresas maiores foi a possibilidade de adiamento do pagamento de boletos, flexibilização da negociação de dívidas e diálogo com clientes e fornecedores para que todos pudessem passar por este período sem grandes problemas.
Já para os profissionais liberais, o cenário foi desafiador, principalmente para aqueles que dependem do meio físico para trabalhar, como ambulantes. Aqui a saída foi trabalhar pelo telefone, investir no meio digital ou continuar se arriscando.
Para quem resolveu investir no digital, a resposta foi boa. Com o crescimento do e-commerce e do consumo online, as pessoas tiveram oportunidade de migrar seus negócios e se adaptar ao digital com pouco investimento, já que um domínio e hospedagem para sites são serviços baratos e contas em redes sociais são gratuitas.
Nestes casos, a pandemia veio para mostrar que quem não domina o digital pode ficar fora do mercado, como uma forma de antecipação do futuro, já que, por conveniência, o consumo pelo digital deve crescer cada vez mais.
Outras tendências que se fortificaram em 2020
Economia compartilhada
A economia compartilhada é um estilo de consumo em que as pessoas estabelecem uma colaboração com relação aos recursos que possuem disponíveis, sejam eles objetos, espaços, meios de transporte e até mesmo tempo e informações. Essa colaboração serve para que mais pessoas tenham acesso barato a recursos que geralmente seriam caros e inviáveis.
Delivery
Com o crescimento do e-commerce e do consumo online, mais pessoas passaram a pedir comida e outros itens por delivery. Do outro lado, muitas pessoas encontraram maneiras de fazer renda extra utilizando aplicativos de delivery para oferecer seus serviços.
Ensino à Distância
Sem a possibilidade de aglomeração em instituições de ensino, todas as escolas e universidades tiveram que se adaptar ao digital para cumprirem o calendário escolar. Mesmo que algumas escolas tenham fechado e alguns tenham desistido de estudar com este modelo de ensino, essa foi a única solução encontrada para contornar a situação em caráter de emergência.
Dicas para sobreviver aos impactos econômicos da pandemia
A pandemia ainda pode se arrastar em 2021 até que toda a população esteja imunizada. Também é possível que o Brasil encare uma recessão econômica por conta destes impactos, então é preciso se preparar para o pior cenário, aquele em que não é possível nem mesmo ter ajuda do governo com auxílio emergencial.
Faça renda extra
Seja você um empregado CLT ou não, crie formas de renda extra para ter mais dinheiro no fim do mês. Felizmente, existem muitas formas de renda extra (online ou não) que podem ser uma boa opção, mas o online requer um investimento muito pequeno em domínio ou hospedagem, entre outras opções que nem mesmo precisam de investimento financeiro inicial.
Economize
Nem toda renda extra do mundo é capaz de suprir os gastos de quem não tem controle financeiro. Períodos de recessão econômica são bons para que as pessoas repensem seu consumo, se eduquem financeiramente e aprendam a lidar melhor com o dinheiro.
Forme a sua reserva de emergência
Se você não se sente seguro financeiramente, principalmente na situação atual do país, utilize o dinheiro que sobra com suas economias e renda extra para investir em uma reserva de emergência.
Considere guardar de 6 a 12 vezes o valor dos seus custos mensais em uma aplicação segura e de liquidez imediata para casos extraordinários, como emergências de saúde, acidentes, desemprego, entre outros.
Digitalize o seu negócio
A digitalização também foi um grande mantra no ano de 2020. Por conta do isolamento, muitas empresas se viram obrigadas a buscar soluções emergentes para não quebrarem.
Por isso, a digitalização se faz importante, a começar pela criação de um canal próprio como um site ou blog. Essa mudança foi tão drástica que nunca se registrou tanto domínio como nos últimos 10 meses. Isso mostra que a digitalização é uma das saídas (se não a única) para se manter vivo nesse cenário de pandemia tão incerto e inconstante.
Conclusão
O período de recessão econômica causado pela pandemia é desafiador e colocou muita gente em péssimas condições. Por isso, é sempre preciso encontrar maneiras de fazer a sua parte para amenizar estes efeitos e contribuir para a sua comunidade.
Boas soluções, como a economia compartilhada e a digitalização dos negócios podem ajudar muito, uma vez que há uma economia financeira em cada detalhe, já que isso é um dos objetivos da criação de soluções econômicas.
Por isso, é sempre bom se informar do que há de novo no mercado e como isso pode beneficiar a sua empresa, sua família e sua comunidade. Quando as pessoas aproveitam estes períodos para engajar na criação e implementação de soluções, é possível passar por desafios de maneira mais amena.
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