Eleito senador da República pelo estado do Paraná, o ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) oficializou nesta terça-feira (94) o seu apoio ao antigo ‘chefe’ Jair Bolsonaro (PL) no duelo do segundo turno das eleições para presidente. Pelas redes sociais, o político criticou Lula (PT) citando os crimes de corrupção que foram julgados por ele próprio dentro da Operação Lava Jato.
Lula não é uma opção eleitoral, com seu governo marcado pela corrupção da democracia. Contra o projeto de poder do PT, declaro, no segundo turno, o apoio para Bolsonaro.
— Sergio Moro (@SF_Moro) October 4, 2022
Em resposta, o candidato a reeleição elogiou seu antigo minitro da Justiça, alegando que o desentendimento entre ambos está superado. “Daqui pra frente é um novo relacionamento… Passado é do passado, não tem contas a ajustar. Nós temos é que, cada vez mais, nos entendermos pra melhor servimos a nossa pátria”, declarou Jair Bolsonaro por meio da imprensa.
Sérgio Moro foi ministro da Justiça logo no primeiro ano do mandato de Jair Bolsonaro, mas pediu demissão em 2020, após desentendimentos internos com o presidente. Na época, Bolsonaro queria trocar o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, que então havia sido indicado pelo próprio ministro.
Em coletiva de imprensa, quando anunciou a sua saída do primeiro escalão, Moro declarou que o problema não era a troca em si, mas o motivo pelo qual Bolsonaro tomou a atitude. Segundo Moro, Bolsonaro tentava interferir politicamente na Polícia Federal e queria “colher” informações dentro da instituição, como relatórios de inteligência. As declarações renderam ao presidente a instauração de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar as denúncias.