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quinta-feira, 19 de junho, 2025
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Famasul leva voz do agro a debate nacional sobre o futuro do Brasil

Campo Grande foi palco da última etapa dos “Diálogos para Construção da Estratégia Brasil 2025-2050”, iniciativa do Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO). Entre os destaques do encontro, esteve a participação do Sistema Famasul, que levou ao centro do debate a força e os desafios do agro brasileiro.

O evento, realizado nesta quarta-feira (18), reuniu lideranças dos setores público e privado, além da sociedade civil, com o objetivo de debater as prioridades que devem nortear o Brasil nos próximos 25 anos.

Representando o setor produtivo de Mato Grosso do Sul, a Famasul foi representada pelo diretor-executivo da Famasul e superintendente do Senar/MS, Lucas Galvan, que reforçou o protagonismo do agro brasileiro nos grandes temas globais. “O Brasil é um país que alimenta, gera energia e refrigera o mundo. Temos ativos estratégicos que colocam o país em vantagem competitiva, como a extensão territorial, o uso de tecnologias avançadas e o modelo de produção sustentável”, destacou.

Galvan chamou atenção ainda para três frentes em que o agro pode liderar a transformação: garantir a segurança alimentar de uma população global que pode chegar a 10 bilhões de pessoas em 2050; impulsionar a transição energética com as fontes renováveis produzidas no campo; e conservar a biodiversidade com responsabilidade ambiental, já que mais de 66% do território brasileiro está preservado.

Famasul leva voz do agro a debate nacional sobre o futuro do Brasil

O governador Eduardo Riedel destacou que, em um cenário global de rápidas transformações, a administração pública também precisa se adaptar com visão de longo prazo. Ele ressaltou que os avanços obtidos por Mato Grosso do Sul, como a redução da pobreza extrema de 2,7% para 1,9% entre 2023 e 2024, e a ampliação do ensino em tempo integral para 62% das escolas estaduais, com foco em cursos profissionalizantes, são fruto de um planejamento estratégico sólido, guiado por diretrizes de inclusão social, sustentabilidade, inovação e prosperidade. “O investimento em comunidades indígenas, agricultura familiar e infraestrutura, com R$ 25,7 bilhões alocados em concessões e privatizações, também reflete esse compromisso com o desenvolvimento estruturado e duradouro”.

Apesar do potencial, a Famasul alertou para desafios que precisam ser superados para viabilizar esse crescimento de forma estruturada. Entre eles, foram citados a insegurança jurídica, os entraves logísticos, a falta de políticas agrícolas de longo prazo e a baixa capacitação de mão de obra no campo. “O agronegócio representa 25% do PIB, 50% das exportações e emprega mais de 28 milhões de brasileiros. Somos um ativo geopolítico e econômico fundamental para o futuro do país”, afirmou Galvan.

Após percorrer 16 capitais, o processo culmina num documento final de estratégias, previsto para ser apresentado ainda neste ano ao Governo Federal, consolidando as prioridades para orientar políticas públicas e privadas no horizonte até 2050.

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