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quinta-feira, 28 de março, 2024
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Festival Sarau Cidadania e Cultura encerra primeiro ciclo de apresentações no domingo

Do centro à zona norte de Campo Grande, o Festival Sarau Cidadania e Cultura no Parque pretende fechar o primeiro ciclo de apresentações em grande estilo. Isso porque a programação pretende integrar as mais variadas linguagens artísticas produzidas na cidade. Com um repertório musical que vai de nomes conhecidos, como Chicão Castro, Juci Ibanez e a banda Rockfeller, até de jovens artistas, como o trio rapper La-Firma ZN Clã. Um grupo que nasceu no bairro Nova Lima, considerado um dos mais populosos da Capital.

“Acredito que é uma iniciativa que a arte que vem sendo desenvolvida na periferia tenha espaço nos ambientes centrais. São raros os artistas da periferia,em especial da cultura de rua que ganha espaço em eventos culturais deste porte. Daí a importância da proposta do Sarau no Parque, afirma o MC Duguinho, do grupo rapper. “É isso um passo em direção seria ideal para propagar a cultura já que no pacto social que fizemos, em 1988, da Constituição Federal, diz que a cultura tem que ser feita pelo povo e para povo, ou seja, pelo povo e Estado e para o povo”.

E para que o acesso à cultura e a cidadania sejam de fato facilitados, a equipe do Sarau no Parque já tem destino certo no mês de agosto: o Parque Jacques da Luz, nas Moreninhas. 

“O trabalho é realizado com o objetivo de compartilhar experiências culturais e promover o convívio social. Além de fomentar a troca cultural e de experiências de vida mesmo.  O espaço é democrático e contempla todas as idades, raças e gêneros levando arte, cultura e lazer, e o reconhecimento para as mais diversas expressões culturais”, destaca Gustavo Cegonha, presidente da FCMS – Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. 

Da cultura à natureza

E as atrações não param por aí. Das 16h às 20h, o próximo domingo (31), no Parque das Nações Indígenas, deve ficar marcado também por uma mensagem bem atual que vale para todas as idades: a importância da preservação do meio ambiente.

De uma forma lúdica, as crianças serão convidadas a pensar no tema através do artista Maike Alle Buytendorp que apresenta o trabalho “Vem pra Roda Reciclar”.“Muito mais do que reciclar elementos – resíduos sólidos ou lixo – propomos reciclar atitudes e as crianças são fundamentais nessa mudança. E, nas nossas oficinas, a gente busca trazer um aprofundamento do tema, não só com o descarte, mas com resignificação seja por meio de brinquedos e jogos”.

Já o público adulto terá contato com produtos no conceito slow fashion – que pode ser traduzido para “moda devagar”, da estilista Nair Galivan. “O meu ateliê tem essa proposta de sustentabilidade, com produção de peças mais conscientes, sem grande escala, ou seja, cada peça é única. Na minha última coleção, por exemplo, criei biquínis a partir de tecidos com tingimento natural”, conta a artista. “E, quem visitar o estande vai poder conferir um pouco da minha coleção outono-inverno e, também, algumas roupas de banho”.

Ainda neste contexto de natureza, o artista indígena Kuka Terena, do município de Nioaque, levará o seu recado sobre queimadas no Pantanal através das pinturas que criam em azulejos. “Trabalhos com vários tipos de materiais, inclusive, recicláveis. Pensando no papel crítico da arte é que trago muitas das vezes o Pantanal como pano de fundo. Faço esse alerta, um bioma que tem sofrido muito com a seca e as queimadas”. 

Sarau é no Parque!

As atrações culturais acontecem no redondo do parque, sob apresentação do ator e diretor  Breno Moroni e da Professora Rô. 

No palco, a animação segue livre com os artistas: Chicão Castro e Juci Ibanez (MPB); The Rockfeller (Rock); Nega Bi (Samba); DJ Keertana (Música eletrônica); La Firma ZN Clã (Rap/Hip Hop); Erika Pedraza (Arte e Cultura de Rua); Percival Lelo Gomes (Performance/Poesia); Guiga Lemes, do município de Três Lagoas (Contação de Histórias/Cultura Popular) e a vencedora do Miss Trans MS 2022, Isabella Maria Lino de Araújo (Show/LGBTQIA+). 

Nair Galivan (Moda e Design); Transcine – Cinema em Trânsito (Audiovisual); Coletivo Enegrecer (Artes Visuais); Maike Alle Buytendorp (Espaço Brincantes); Kuka Terena (Cultura dos Povos Indígenas); Coletivo Sul-Mato-Grossense (Artesanato); Super Estágios (Manifestações e Cidadania) e As Escravas de Maria (Social) comandam as exposições artísticas nos estandes. Além da gastronomia com o Projeto Asas do Futuro.

Esta é a quinta edição do Festival Sarau Cultura e Cidadania e o público campo-grandense pode esperar outras 20 edições. Tanto que as inscrições para os artistas que queiram participar seguem abertas até o final do semestre. Para fazer parte do time basta acessar o site www.secic.ms.gov.br

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