Foi na propriedade da madrinha, ainda na infância, que Gizelia Araújo se apaixonou pelo campo. Quando foi para a cidade, essa ligação adormeceu. Durante 12 anos, atuou como técnica de enfermagem e só retomou o dia a dia com o agro, quando uma amiga indicou o curso de Técnico em Agropecuária do Senar/MS. Ao chegar no Centro de Excelência percebeu que ali era seu lugar e assim permaneceu, até atualmente, que ampliou os horizontes com a Especialização Técnica em Sistemas de Animais Ruminantes.
Essa é a história do Transformando Vidas de hoje, confira:
Gizelia ainda relembra a sensação do seu primeiro dia no curso Técnico em Agropecuária. Ao chegar nos portões da Embrapa Gado de Corte, local onde o Centro de Excelência em Bovinocultura de Corte está localizado, ela percebeu que estava prestes a realizar um sonho antigo. “Meus olhos brilharam e eu falei assim: Cara, é o agro, eu preciso viver do agro. É isso que eu quero para a minha vida”, relata.
A conclusão do curso de Técnico em Agropecuária coincidiu com o auge da pandemia. Ainda trabalhando no hospital, Gizelia buscava uma chance para atuar no campo. A oportunidade veio por meio do seu coordenador no trabalho, que a indicou para trabalhar na fazenda de sua família. “Na hora meu olho brilhou e eu falei pra mim: não, eu tenho que ir. E eu falei pra ele: é claro que eu tenho interesse.”
Gizelia seguiu se qualificando e hoje cursa a Especialização Técnica em Sistemas de Animais Ruminantes, também no Centro de Excelência. Para ela, o aprofundamento na área foi determinante para ampliar a visão sobre a pecuária. “Quando você faz a especialização, ela abre sua mente. Ela mudou totalmente a minha visão e a paixão pela pecuária aumentou muito”, explica.
A especialização foi um complemento para sua carreira, que ela define como um divisor de águas. “Eu consigo compreender mais o que é uma pecuária de corte, pecuária de leite, uma ovinocultura. Quando você vivencia mais essas etapas, que são os manejos, você consegue compreender e ter uma visão maior”, descreve.
Sua filha, Giovana, de 9 anos, acompanha a mãe nas consultorias e já demonstra interesse pela área. Sempre trajada de bota e cinto, ela reconhece os tipos de cultivo de longe. “Ela me acompanha quando eu vou fazer a consultoria na chácara, e aí eu venho falando pra ela das braquiária, dos cultivares”, relata. “Acho que eu consigo transmitir para ela a minha paixão pelo agro”.
Atualmente, Gizelia atua no administrativo de uma empresa do setor e se emociona ao lembrar da infância, quando sonhava exatamente com o que vive hoje. “Eu falo que a menininha de lá atrás, a menina de hoje está realizando o sonho dela”, conta. “A menina do nada que hoje vivencia o agro do começo ao fim e é apaixonada pelo o que faz.”











